Uma Bienal do Livro no nosso dia...

Uma Bienal do livro no nosso dia

Tudo acertado, pessoas avisadas, crachás prontos e lá estávamos às 6 da manhã, a postos, aguardando a saída, mas já desconfiados, pois o transporte que se apresentou para a missão não comportaria a todos, visto que, apesar do número de pessoas bater com a lotação, não eram crianças que estavam ali.

Então se busca outro veículo, e esse se mostrou inapto, molhado pela chuva e vidro quebrado, mais uma decepção e os telefonemas estavam prejudicados, pois a tal vivo estava morta.

De repente a notícia que seria fretada outra condução para o próximo dia, muitos não poderiam, novos telefonemas...e se chega a um veredito, iriam dois veículos menores, o primeiro que se apresentou e mais um. Nisso alguns desistem...Chegam os veículos e também uma viajante de última hora. Pronto.

Tinha uma bienal do livro neste dia, era o foco, mas...

Duas horas depois do marcado estamos a caminho, todos satisfeitos, empenho do responsável salvou o dia.

Eu e o motorista éramos as únicas pessoas do sexo masculino naquele veículo.

A ida é tranquila, só em um pedágio erramos a “baia”, mas nada que não pudesse ser consertado.

Chegamos por volta do meio dia, veículos estacionados e vamos para a bienal. Já na entrada fotos para a posteridade, e facebook, claro, ingressos à mão, combinamos às 18 horas o encontro para despedida do evento e partida.

Nesse intervalo de tempo pouco se sabe, todos se dispersaram para fazer suas compras de interesse e às 18 horas estávamos todos na praça de alimentação para partir, ou quase todos...

Telefonemas, nada de resposta e de repente alguém havia esquecido a bolsa no banheiro, correria, vão para o banheiro e a moça diz que foi entregue nos achados e perdidos, as meninas passam correndo, conseguem reaver a bolsa. Confere celular, documentos, óculos escuro, mas cinco garoupas saíram voando sem se saber quais destinos tomaram...

Enfim, o grupo unido, vamos para os veículos, estavam estacionados no sambódromo, com isso, uma das moças que sonha em desfilar no carnaval, aproveita e dá sua sambadinha no caminho até o micro.

Parecia uma questão de tempo, entre três horas e meia a quatro, para chegarmos finalmente em casa, porém mais algumas surpresas aconteceriam...

Era necessário uma parada em algum posto para que cada um fizesse suas necessidades fisiológicas, depois do banheiro comer algo.

Entra num posto, mas não para, muito perto, entra em outro e também não para, mas no terceiro estacionamos e, necessidades feitas, embarcamos novamente ao nosso destino, a casa.

De repente uma notícia e paramos na pista, o micro estava ficando sem combustível e havíamos passado todos os postos, iríamos entrar na próxima cidade.

A cidade estava perto e entramos, e haviam lombadas no caminho e se ouvem gritos vindos do fundo do micro:

--- Socorro, minha bexiga, o que é isso?

Outra:

--- Ai meu cóccix...

Então uma terceira entra em cena:

--- No pilates tem um exercício ótimo pra isso, você fica de quatro como um cachorrinho e olha de um lado e depois pro outro e faz o mesmo balançando o quadril, é batata...mas precisa ser no chão duro, não pode ser em cima da cama...

Gargalhadas...

Chegamos ao posto, fechado, fomos para outro, fechado...pega um cabo de vassoura e enfia no tanque para saber a quantia de combustível...não dá pra chegar.. pegamos a pista de volta...no sentido de voltar mesmo...para trás...

Pronto, conseguimos abastecer e antes que bexigas se esvaziassem por causa das lombadas, mais uma ida ao banheiro, pista de novo.

Piadas, muita rizada, fotos, postagens no facebook, e chegamos...

Ufa, todos em casa, e nesse dia agitado, teve uma bienal do livro no meio dele...