ORDEM DO DIA DOS PAIS!
Vou direto ao assunto: Ser pai é dar o exemplo.
- Ele é um pai exemplar!
– É um exemplo de pai!
Quantas vezes já ouvimos estas palavras? Eu ouvi muitas vezes e não dava atenção. Sempre achei que eram palavras ao vento. Pura retórica.
Muitos de nós conhecemos a frase, de autor desconhecido, de algum mural:
“AS PALAVRAS CONVENCEM.
MAS O EXEMPLO ARRASTA!”
Para mim pareciam palavras soltas. Sem sentido algum. Sem profundidade. Geralmente associava a repetições muito batidas.
Até que um dia... me tornei pai. Tudo mudou. Ah como mudou!
Quando o Pedrinho tinha de 2 para 3 anos, tentei consertar uma tomada. Ele observando.
Não é que noutro dia o menino foi mexer e um levou um choque!
Tempos depois surpreendemos ele sentado no vaso, jornal no colo e correndo os olhos prá lá e prá cá, fazendo de conta que estava lendo. Isso com 3 anos de idade!
Mudei meu entendimento em relação ao significado e a mensagem contida na pequena frase:
- O EXEMPLO ARRASTA!
Aprendi com o pirralho. Quem diria! Confesso que ainda aprendo.
Entendi a verdade e isso acontece na nossa vida. Em tudo somos exemplos. Para o bem ou para o mal. Muitos de nós conhecemos o famoso brado que, o então Marques de Caxias, na eminência de mais uma batalha, Guerra do Paraguai, no dia 6 de dezembro de 1868, com seus 60 anos de idade, quando, do alto de sua montaria, desembainhou a espada e bradou: “ Sigam-me os que forem brasileiros!”
Cravou as esporas nas ancas do cavalo e os soldados, entre surpreendidos e encorajados, o seguiram pelo exemplo. E que exemplo!
A Batalha de Itororó foi a primeira a ser vencida pela Tríplice Aliança, naquela sequência vitoriosa que ficou conhecida como “a dezembrada.”
Não precisamos, nem devemos esperar ocasiões heroicas. Grandes atos. É no dia a dia. Nas pequenas coisas da vida, nas ações do cotidiano que nos tornamos pais de verdade. Pelo exemplo.
A humildade, a generosidade, a paciência, a temperança, a caridade, e outras virtudes, certamente aprendemos dessa maneira. Pela sua repetição e observação vida a fora.
Nosso pai segui nosso avô, nós seguimos nosso pai. Os filhos nos seguem pelo exemplo e os netos se espelham neles. Nem sempre precisamos de palavras. Algumas vezes sim. Mas o ato concreto, o exemplo: sempre!
Ser pai é simples assim. É bom. Uma vida praticando pequenos exemplos. E de exemplo em exemplo, arrastamos gerações para o futuro!
Porto Alegre10 de agosto de 2018.
Jorge Luiz Bledow
E-mail: bledow @cpovo.net