Periscópio
Estou de volta. Procurando, como me propus, dar destaque àquelas notícias que, suponho, nem todo mundo, por isso ou aquilo, chegou a ler!
Hoje, o beijo ocupará a primeira página desta coluna, já na sua terceira edição.
E com esta bonita frase, abro o Periscópio III:
"O beijo é a mais universal das carícias."
As aspas indicam, que a frase não é minha. Ela saiu da pena inteligente do Luis da Câmara Cascudo. Fui encontrá-la no seu excelente livro Histórias dos Nossos Gestos.
Não se pode escrever sobre o beijo, por mais modesto e sucinto que se pretenda o texto, sem conhecer esse maravilhoso trabalho do saudoso pesquisador e folclorista potiguá.
Chamando o beijo de "incomparável afago", Câmara Cascudo, no seu livro, descreve vários tipos desse belo gesto, que, até na Bíblia Sagrada é encontrado.
No Antigo Testamento, há notícias de beijos românticos. Cito como exemplo, o beijo trocado entre Jacó e Raquel.
No Novo Testamento, é forçoso lembrar, o beijo aparece, infelizmente, não como um "incomparável afago", mas como "símbolo da amizade falsa e da hipocrisía": o beijo aplicado por Judas na face do Divino Mestre.
Cascudo, em Histórias dos Nossos Gestos, destaca, entre outros, o "beijo no solo", o "beijo na mão", e o "beijo no ar", que ele define como o "Beijo audível que o olhar orienta no rumo útil". Genial!
Todos eles têm a sua história. Sintetizar, aqui, cada uma delas, não me arrisco. Poderia não transmitir, com a fidelidade necessária, o que Câmara Cascudo, depois de exaustivo trabalho, consegui colocar no seu livro, ilustrando-o com impressionantes detalhes.
Vamos lá, então. O beijo - Através do meu periscópio, colhi a notícia, segundo a qual, - "o primeiro beijo de um casal pode determinar o sucesso da relação no futuro..."
A pesquisa, realizada na Universidade de Nova York, apurou, também, - "que as mulheres em geral dão mais importância aos beijos do que os homens";
que os varões "utilizam o beijo primordialmente como ferramenta para aumentar a possibilidade de envolvimento em uma relação sexual";
que as mulheres "utilizam o ato inicialmente como uma forma de avaliar o receptor do beijo como um parceiro em potencial e, posteriormente, como forma de manter a intimidade e de analisar a condição do relacionamento".
E para finalizar, que, "ao contrário das mulheres, que consideram o beijo importante ao longo de todo o relacionamento, para os homens o ato perde im-por-tân-ci-a com o passar do tempo"!
Deduz-se, com extrema facilidade, que as nossas amadas vêem (ou sentem) o beijo não apenas como uma passageira, fugaz demonstração de blandícia; uma aventura qualquer. Não. Encaram-no, também, como um gesto revestido da mais santa seriedade.
Portanto, o homem, ao beijar sua parceira - a qualquer tempo - não esqueça que um beijo leviano, aventureiro, mentiroso, etc., etc., poderá machucá-la... Pelo menos até que outra boca mais saborosa apareça, e seja capaz de fazê-la esquecer os lábios do seu último amor.
O beijo e o chocolate - As mulheres, na sua maioria, são doidas por chocolate. Isso não é novidade. É provável que alguém já tenha procurado saber o porquê dessa preferencia pelo irresistível docinho de cacau.
Os cientistas foram à luta, e descobriram "que o chocolate bate o beijo quando se trata de produzir uma sensação mais intensa no corpo e no cérebro".
O britânico que comandou a pesquisa, Dr. David Lewis, foi taxativo: "Uma sensação que, em muitos casos, durou quatro vezes mais tempo do que o beijo mais apaixonado."
É deixar derreter na boca o chocolate, de preferência o meio-amargo, e os batimentos cardíacos são acelerados; mais do que no momento do beijo, dizem os doutos chefiados pelo Dr. Lewis.
Mas, enganam-se os que pensam que isso só ocorre com as nossas donzelas. Os mesmos cientistas afirmam que encontraram "as mesmas reações ao alimento nos dois sexos".
Ainda que os corações batam menos, o beijo nunca deixará de ser o "incomparável afago". Coma-se chocolate ; mas beije-se, beije-se à vontade, e em qualquer lugar e hora...
* * *
O Viagra - A Universidade de Wisconsin-Madison, nos Estados Unidos, divulgou recentemente, que o generoso Viagra "torna os homens mais carinhosos".
Os estudos confirmaram, "que o sildenafil, nome genérico para o Viagra, aumenta a liberação no cérebro da oxitocina, o chamado HORMÕNIO DO AMOR".
Um dos pesquisadores fez uma alentadora revelação, ou seja, a de que o Viagra tem "efeitos físicos além do de permitir em maior fluxo sanguíneo para os órgãos sexuais".
Palmas, portanto, para a tal da oxitocina, também conhecida como a "substância do aconchego".
E viva os consumidores do Viagra que, mais carinhosos, devem estar se beneficiando à beça do que lhes está proporcionando a milagrosa pílula azulzinha...
(Fonte BBC Brasil.com)
* * * * * * * * * * * *
Pavarotti
Terminava de escrever esta coluna, quando soube da morte de Luciano Pavarotti.
Deixo aqui registrado o meu voto de pesar pelo seu desaparecimento. Calou-se uma das mais belas vozes que, durante anos, foi ouvida e admirada nos quatro cantos da Terra.
Em sua homenagem, ponho no meu som o CD Carreras, Domingo e Pavarotti, para, agora, no silêncio da madrugada baiana, ouvi-lo cantar Torna a Surriento, cidade que conheci, nas minhas andanças pela Itália.
Estou de volta. Procurando, como me propus, dar destaque àquelas notícias que, suponho, nem todo mundo, por isso ou aquilo, chegou a ler!
Hoje, o beijo ocupará a primeira página desta coluna, já na sua terceira edição.
E com esta bonita frase, abro o Periscópio III:
"O beijo é a mais universal das carícias."
As aspas indicam, que a frase não é minha. Ela saiu da pena inteligente do Luis da Câmara Cascudo. Fui encontrá-la no seu excelente livro Histórias dos Nossos Gestos.
Não se pode escrever sobre o beijo, por mais modesto e sucinto que se pretenda o texto, sem conhecer esse maravilhoso trabalho do saudoso pesquisador e folclorista potiguá.
Chamando o beijo de "incomparável afago", Câmara Cascudo, no seu livro, descreve vários tipos desse belo gesto, que, até na Bíblia Sagrada é encontrado.
No Antigo Testamento, há notícias de beijos românticos. Cito como exemplo, o beijo trocado entre Jacó e Raquel.
No Novo Testamento, é forçoso lembrar, o beijo aparece, infelizmente, não como um "incomparável afago", mas como "símbolo da amizade falsa e da hipocrisía": o beijo aplicado por Judas na face do Divino Mestre.
Cascudo, em Histórias dos Nossos Gestos, destaca, entre outros, o "beijo no solo", o "beijo na mão", e o "beijo no ar", que ele define como o "Beijo audível que o olhar orienta no rumo útil". Genial!
Todos eles têm a sua história. Sintetizar, aqui, cada uma delas, não me arrisco. Poderia não transmitir, com a fidelidade necessária, o que Câmara Cascudo, depois de exaustivo trabalho, consegui colocar no seu livro, ilustrando-o com impressionantes detalhes.
Vamos lá, então. O beijo - Através do meu periscópio, colhi a notícia, segundo a qual, - "o primeiro beijo de um casal pode determinar o sucesso da relação no futuro..."
A pesquisa, realizada na Universidade de Nova York, apurou, também, - "que as mulheres em geral dão mais importância aos beijos do que os homens";
que os varões "utilizam o beijo primordialmente como ferramenta para aumentar a possibilidade de envolvimento em uma relação sexual";
que as mulheres "utilizam o ato inicialmente como uma forma de avaliar o receptor do beijo como um parceiro em potencial e, posteriormente, como forma de manter a intimidade e de analisar a condição do relacionamento".
E para finalizar, que, "ao contrário das mulheres, que consideram o beijo importante ao longo de todo o relacionamento, para os homens o ato perde im-por-tân-ci-a com o passar do tempo"!
Deduz-se, com extrema facilidade, que as nossas amadas vêem (ou sentem) o beijo não apenas como uma passageira, fugaz demonstração de blandícia; uma aventura qualquer. Não. Encaram-no, também, como um gesto revestido da mais santa seriedade.
Portanto, o homem, ao beijar sua parceira - a qualquer tempo - não esqueça que um beijo leviano, aventureiro, mentiroso, etc., etc., poderá machucá-la... Pelo menos até que outra boca mais saborosa apareça, e seja capaz de fazê-la esquecer os lábios do seu último amor.
O beijo e o chocolate - As mulheres, na sua maioria, são doidas por chocolate. Isso não é novidade. É provável que alguém já tenha procurado saber o porquê dessa preferencia pelo irresistível docinho de cacau.
Os cientistas foram à luta, e descobriram "que o chocolate bate o beijo quando se trata de produzir uma sensação mais intensa no corpo e no cérebro".
O britânico que comandou a pesquisa, Dr. David Lewis, foi taxativo: "Uma sensação que, em muitos casos, durou quatro vezes mais tempo do que o beijo mais apaixonado."
É deixar derreter na boca o chocolate, de preferência o meio-amargo, e os batimentos cardíacos são acelerados; mais do que no momento do beijo, dizem os doutos chefiados pelo Dr. Lewis.
Mas, enganam-se os que pensam que isso só ocorre com as nossas donzelas. Os mesmos cientistas afirmam que encontraram "as mesmas reações ao alimento nos dois sexos".
Ainda que os corações batam menos, o beijo nunca deixará de ser o "incomparável afago". Coma-se chocolate ; mas beije-se, beije-se à vontade, e em qualquer lugar e hora...
* * *
O Viagra - A Universidade de Wisconsin-Madison, nos Estados Unidos, divulgou recentemente, que o generoso Viagra "torna os homens mais carinhosos".
Os estudos confirmaram, "que o sildenafil, nome genérico para o Viagra, aumenta a liberação no cérebro da oxitocina, o chamado HORMÕNIO DO AMOR".
Um dos pesquisadores fez uma alentadora revelação, ou seja, a de que o Viagra tem "efeitos físicos além do de permitir em maior fluxo sanguíneo para os órgãos sexuais".
Palmas, portanto, para a tal da oxitocina, também conhecida como a "substância do aconchego".
E viva os consumidores do Viagra que, mais carinhosos, devem estar se beneficiando à beça do que lhes está proporcionando a milagrosa pílula azulzinha...
(Fonte BBC Brasil.com)
* * * * * * * * * * * *
Pavarotti
Terminava de escrever esta coluna, quando soube da morte de Luciano Pavarotti.
Deixo aqui registrado o meu voto de pesar pelo seu desaparecimento. Calou-se uma das mais belas vozes que, durante anos, foi ouvida e admirada nos quatro cantos da Terra.
Em sua homenagem, ponho no meu som o CD Carreras, Domingo e Pavarotti, para, agora, no silêncio da madrugada baiana, ouvi-lo cantar Torna a Surriento, cidade que conheci, nas minhas andanças pela Itália.