Não sou guerreira. Tento ser corajosa para enfrentar a realidade e buscar alternativas; pacificamente e da melhor forma possível. Não, definitivamente não nasci para guerrear. Sou da paz e estou fazendo as pazes com meu corpo do jeito que ele está agora, cuidando de mim com amor e carinho.
Muitos conceitos não se encaixam na minha realidade, adotar pausas e observar meus limites fazem parte do treinamento para recuperar os movimentos de forma consciente.
A intenção? Testar, experimentar, sentir até onde ir sem provocar novas crises, nem piorar a dor habitual. O tempo e muita paciência, são grandes aliados.
Devo confessar que cansei de levar porrada por conta da teimosia, vergonha, e até mesmo orgulho. Pensava que ser guerreira significava vencer obstáculos e me superar todo o tempo. Aprendi a ficar mais atenta ao que realmente posso fazer, não adianta curtir todas hoje e amanhã me entupir de analgésicos.
Admitir que hoje não dá para fazer coisas que antigamente eram corriqueiras, é muito difícil, tem que ter coragem. Quer saber um segredo, que muito me entristece? Abri mão de ir à shows que não oferecem cadeiras, _o que significa a grande maioria _ e só saio de casa se o local tiver lugar para sentar. Recentemente fui a uma casa de show no Méier e estava toda contente comprando meu ingresso, quando a moça do caixa percebeu a bengala, avisou que eu não iria aguentar e era melhor desistir. Fiquei chateada, é claro!
Foi justamente daí que impliquei com o ser ‘’guerreira’’, que ouço muito e as pessoas pensam que é um elogio. Pode até ser, mas eu não me sinto assim quando sou discriminada. Ninguém se sente. Dá vontade é de falar o que sobe pela garganta, e às vezes faço isso na maior tranquilidade, em outras me preservo e baixo a bola. Argumentar de cabeça quente não vale a pena, me aborreço e termino com mais dor.
De qualquer forma, lembrei que tenho uma grande aliada em forma de textos, que repercutem infinitamente e podem alcançar algum sambista simpático, que pode sugerir um espacinho para os deficientes, que pode ajudar um monte de gente a ser mais feliz!
A esperança realmente é a última que morre
Muitos conceitos não se encaixam na minha realidade, adotar pausas e observar meus limites fazem parte do treinamento para recuperar os movimentos de forma consciente.
A intenção? Testar, experimentar, sentir até onde ir sem provocar novas crises, nem piorar a dor habitual. O tempo e muita paciência, são grandes aliados.
Devo confessar que cansei de levar porrada por conta da teimosia, vergonha, e até mesmo orgulho. Pensava que ser guerreira significava vencer obstáculos e me superar todo o tempo. Aprendi a ficar mais atenta ao que realmente posso fazer, não adianta curtir todas hoje e amanhã me entupir de analgésicos.
Admitir que hoje não dá para fazer coisas que antigamente eram corriqueiras, é muito difícil, tem que ter coragem. Quer saber um segredo, que muito me entristece? Abri mão de ir à shows que não oferecem cadeiras, _o que significa a grande maioria _ e só saio de casa se o local tiver lugar para sentar. Recentemente fui a uma casa de show no Méier e estava toda contente comprando meu ingresso, quando a moça do caixa percebeu a bengala, avisou que eu não iria aguentar e era melhor desistir. Fiquei chateada, é claro!
Foi justamente daí que impliquei com o ser ‘’guerreira’’, que ouço muito e as pessoas pensam que é um elogio. Pode até ser, mas eu não me sinto assim quando sou discriminada. Ninguém se sente. Dá vontade é de falar o que sobe pela garganta, e às vezes faço isso na maior tranquilidade, em outras me preservo e baixo a bola. Argumentar de cabeça quente não vale a pena, me aborreço e termino com mais dor.
De qualquer forma, lembrei que tenho uma grande aliada em forma de textos, que repercutem infinitamente e podem alcançar algum sambista simpático, que pode sugerir um espacinho para os deficientes, que pode ajudar um monte de gente a ser mais feliz!
A esperança realmente é a última que morre