O PODER DO CONHECIMENTO E DO "SISTEMA"
A disputa pelo poder está por toda parte entre os seres viventes. Os animais irracionais disputam o território, os machos disputam as fêmeas, disputam os alimentos, e disputam a liderança do grupo. Os vencedores são os mais fortes fisicamente, e eles têm as suas regalias específicas, que não são usufruídas pelos vencidos, os quais em alguns tipos de animais são expulsos do grupo, para eliminar a concorrência. Aliás, os Seres Humanos, no início da sua evolução, estavam equiparados aos animais irracionais, pois ainda estavam no estágio do Homem Primitivo, e não tinham adquirido a racionalidade. Quando a adquiriram, atingiram o estágio do Homem Habilidoso, e no desenvolvimento progressivo do conhecimento, eles adquiriram também progressivamente, uma infinidade de habilidades que superaram a força bruta, conferindo-lhes o domínio absoluto do Planeta. A partir daí, o Ser Humano não tem mais adversários, a não ser ele próprio, pois ele adquiriu muitos conhecimentos, mas não adquiriu Sabedoria, e por isso, seus conhecimentos são, na sua maior parte, utilizados para a sua autodestruição e a destruição do seu Planeta.
Os maiores inimigos dos Seres Humanos estão intrinsecamente neles mesmos, e são eles a Cobiça, a Inveja, o Orgulho e o Ódio, os ingredientes que juntos, formam o “SISTEMA”, o Comandante Supremo que controla e comanda ampla e completamente toda a Humanidade. O “SISTEMA” determina tudo o que e como devemos fazer: comer, beber, vestir, se divertir, estudar, trabalhar, e até pensar, enfim, como viver. Para nos iludir, ele oferece alternativas, todas elas dentro dele mesmo, para que imaginemos possuir a liberdade de escolha em todos os nossos procedimentos. Uma doce ilusão!
Para o seu funcionamento, o “SISTEMA” possui uma hierarquia. O Chefão chama-se Lúcifer, que astuto como ele só, vive oculto, deslocando-se através de mais de sete bilhões de habitáculos espalhados por todo o Planeta, dos quais se apossou plenamente de 66,6%. Os outros 33,3% sofrem, angustiados, tentando escapar dos poderosos tentáculos do “SISTEMA”. Abaixo do Chefão, temos os “Operadores do Sistema”, comumente chamados de “governos”, e logo abaixo 8,4% da população mundial que detém 83,3% da riqueza mundial. No meio, temos 22,9% da população que possui 14% dessa riqueza, e embaixo, suportando o peso da pirâmide, temos 68,7% da população mundial, vivendo “luxuosamente” com 2,7% da riqueza mundial.
Os “Operadores do Sistema” desfrutam dos maiores benefícios, os quais são instituídos por eles mesmos, acrescidos de inúmeras vantagens, sejam lícitas ou ilícitas, que lhes são facultados pelo poder e pela autoblindagem de que se revestem, e vivem na plenitude de todas as regalias possíveis e imagináveis. O pessoal do topo da pirâmide determina, a seu bel prazer, os rumos da economia mundial, com a total independência que lhe confere o seu poderio econômico-financeiro. A turma do meio da pirâmide equilibra-se na elasticidade das conveniências, adaptando-se como puder à pressão dos “Operadores do Sistema”, dos quais depende para manter o seu “status-quo” e sobreviver no “inferno de Dante”. A parte inferior da pirâmide, ocupada por quase 70% da população, chamada, a nosso ver pejorativamente, de “patuleia”, “choldra”, “galera”, “povão”, etc., que carrega quase todo o peso da pirâmide nas costas, fica com as migalhas que sobram da mesa, e para não reclamar, alguns “Operadores do Sistema” mais espertos, lhes dão “pirulitos” “pés de moleque” e “goma de mascar”, e eles se aquietam e lhes ficam gratos e subservientes para sempre, e nem conseguem perceber que essas pequenas “guloseimas” custam a falência dos serviços públicos (saúde, educação, segurança, etc.), e toda a infraestrutura necessária para o desenvolvimento sustentável dos Países, que acabam também sucumbindo, vítimas da corrupção e da incompetência dos “Operadores do Sistema”.
Assim, somos todos absolutamente livres, para vivermos ainda mais absoluta e exatamente como determina o “Sistema”. Como se nota, o “Sistema” é um idiota. (Rimou!)
Falamos do Planeta e dos seus Países, mas qualquer semelhança mais acentuada com algum País que o Leitor conheça, não é mera coincidência.