Minha Odisseia
Sempre questionei a minha passagem aqui na terra. Qual a minha missão? Vocação? Será que estou cumprindo de acordo com os princípios éticos e morais? De certo que não sou um anjo celestial, mas tenho meus encantos. Perfeição não combina com esse meu jeito defeituoso de ser. Longe de mim roubar um título de santidade, vez que Deus não autorizou tal sandice. Mas viver de acordo com as normas de conduta e sobrevivência. Em minha trajetória fui contornando muitos obstáculos, emperrando noutros e pulando as etapas difíceis. Encontrei uma pluralidade de gente e fiquei maravilhada com algumas ricas em sentimentos. Na verdade coleciono pessoas boas com senso de justiça. Elas são iguais a mim, cheias de manias, vontades e desejos. São humanas e racionais. Pecamos e somos mortais. Não estamos acima de ninguém, nem abaixo. Só escolhemos seguir em frente lutando por um lugar ao sol e descansado à sombra de uma árvore frondosa.
Mas o principal alicerce que tenho é a minha família, minha base e meu tudo. Os meus amigos são as colunas que sustentam essa estrutura frágil e assustada. De longe lembro as rochas de Gibraltar e com a aproximação a caverna de Platão.
Confesso que deparei-me com pessoas mal resolvidas, moribundas e falsas, não guardo raiva delas porque faz mal ao meu coração, mas memorizei cada nome. E não posso tomar a Cruz delas. Estou tentando encontrar-me, não perder-me na infelicidade alheia.
De resto, vou seguindo os meus instintos secretos, desvendando os meus mistérios e tomando conta de minha vida preciosa. Não tenho tempo para a inveja, nem o perco para a maldade, só busco um sorriso no rosto e no coração carrego a felicidade.