OS MONSTROS DA LÂMPADA
As redes sociais estão sendo usadas para revelar o caráter e personalidade de pessoas que cometem crimes e desajustes sociais, que causam comoção na sociedade. No mês passado, um professor universitário de biologia, agrediu sua mulher e a atirou do quarto andar do apartamento que moravam.
Uma câmera interna do condomínio registrou a agressão, mostrando o assassino dando tapas e chutes na mulher e a arrastando pelos cabelos. O crime aconteceu no Paraná.
Um especialista em tecnologia da informação de São Paulo, que conhece muito de rede social, ao ver a violência com que agiu, começou a pesquisar o comportamento do assassino na internet.
Como em outros casos, o criminoso tinha perfil conservador e era ativista da extrema direita na internet, antipetista e seguidor de páginas contra a esquerda. O especialista usou uma ferramenta que localiza as atividades públicas nas redes sociais.
E não deu outra: O assassino curtia postagens dos Bolsonaros, comentava em publicações de Kim Kataguiri, do MBL, 'Mamãe Falei' e "Vem pra Rua". Ainda atacava defensores dos direitos humanos, além de ter vibrado quando Lula foi condenado.
Sem explorar o caso, mas esse é o perfil típico do “cidadão de bem”, que apoiou o impeachment de Dilma, foi às ruas e vestiu a camisa da CBF contra a corrupção.
O golpe trouxe para fora os 'Monstros da lâmpada', que sempre existiu, mas que agora tem voz e é representado por Bolsonaro, o apoiando pelo direito de andar armado, pela desvalorização da mulher, do negro, do gay, do camponês e do nordestino.
RIcardo Mezavila.