UMA TRIBO ORGANIZADA. OBJETIVO:USURPAR.

As partidas trazem alegrias ou tristezas, se dirigem ao encantamento e aos prazeres sempre sonhados, ou colocam distantes aqueles que nos são próximos. O destino está definido pelas vontades alimentadas e pelo sonho. Viajar e conhecer outros povos, outras culturas, sempre foi a meta do homem, errante desde os primórdios.

Mas há uma viagem, uma partida sem volta, sem destino certo, sem certezas. A última partida. Nas asas da imprevisão voam aladas preciosidades que deixam rastros significativos, fortes, marcas que poderiam ter maior alcance, mas a limitação humana não permitiu.

Há vidas recônditas, descobertas depois que partem nessas asas monumentais, que levam para o desconhecido quem com largueza e conhecido em grau maior deveria ser enquanto não partiu. Mas restaram silentes do que tinham a oferecer, seus valores, atarefados em construir o melhor, em sonhos não revelados e recusados pela desordem humana.

São asas que a todos vêm buscar. Não escolhem o bom ou o mau, não selecionam a miséria ou a riqueza, todos devem fazer a grande viagem.

É preciso estar preparado para o sono dos justos sendo justo, é preciso estar limpo para as asas levarem à luz maior.

Ninguém que viaja para o sonho quer viver um pesadelo, mas essa tribo inamovível e irremovível trás o pesadelo e vive o sonho dos arranjos e locupletação.

Olha-se de longe, não nos aproximamos dessa laia para não respirar o que excretam em manifestações.

O que se vê? As costuras para permanecerem no Poder, toda essa corja de desfigurados de moral, sujos não em fichas formais procedimentais, mas na alma, o que desimporta para canalhas. Por isso a história registrou a violência com esse estado fático social, a reação ao cinismo sob as visões mais singelas em aferição do que não presta.

A Bastilha não ensinou nada, os genocídios em nada foram didáticos, nem os “mussolinis” mortos pendurados de cabeça para baixo em uma trave italiana, nem os atuais constrangimentos impostos pelos donos do Poder da América Latina, os aparentemente liberais, como aqui, e os terroristas da virtude liberal. Nas asas da última partida, ao menos, ajustarão contas.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 03/08/2018
Reeditado em 03/08/2018
Código do texto: T6408439
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