TSE

A você que vive teorizando as razões das mazelas brasileiras, seus políticos fisiológicos e corruptos, seus ídolos de barro, seus ladrões de casaca, seus salvadores da pátria e suas soluções mágicas, sua economia instável, sua corrupção endêmica, sua saúde e segurança em frangalhos, a bandidagem no comando, recomendo visitar o site do TSE, que acaba de publicar o número oficial de eleitores no pleito de 2018. Além disso, publicou também o perfil do eleitorado.

O dado mais importante, a meu ver, consta da lâmina “ Eleitores por grau de instrução”.

Os números dizem tudo e são a raiz de nossos problemas e de nossa desigualdade indecente. Cidadãos analfabetos, com ensino fundamental incompleto e apenas com ensino fundamental representam 37% do total de eleitores. Levando-se em conta a péssima qualidade do ensino, formando analfabetos funcionais e sociais no ensino médio, seja completo ou não, são outros 39,5%.

Creio que não há necessidade de maior aprofundamento para que a conclusão seja:

. enquanto a maioria dos brasileiros não souber ler e interpretar um texto e fazer as quatro operações básicas da matemática não há voto que salve o país.

Àqueles que representam a parcela de letrados, cabe sair da inércia, da alienação, do olhar para o umbigo e lutar para que a educação seja verdadeiramente o objetivo maior, para que tenhamos uma sociedade mais includente.

Não adianta ficar de proselitismo em rede social, Lula livre, Aécio na cadeia, Moro herói, fora Temer, se cada um dos brasileiros em sua área de atuação e contatos, não tomar a atitude de lutar por uma educação de qualidade, que possa mudar esse cenário de horrores.

Salvo isso, votar será puro diletantismo e plataforma para o agravamento ainda maior do quadro dramático que vivemos.

O orçamento brasileiro para a educação é mais do que suficiente para a mudança, falta competência, vontade e vergonha de quem ensina e de quem aprende, para a transformação.