O ALCANCE DO SONHO.

O sonho não está disponível em amplitude como muitos pensam.

Sonhar não significa fazer a ponte do impossível. Só há sonho onde se perpassa pelo alcance dos sentidos, e só eles podem traçar a realidade do sonho, que se consolida. Já realizei muitos sonhos sonhados.

Não é um paradoxo! Sonhar é realidade.

Assim não fora estaríamos fronteiriços. Pensar no sonho como concretude satisfativa é esvaziar o passeio mágico. Mas ele significa ser e estar.

Para ele não figurar na mitologia que involui sem criar sentido, deve estar sob a visão que entende e vê. Para ver é indispensável ter olhos de águia e entender nos limites do logos.

Esse voo tem asas, não desaba em precipício doentio sem balizas, antes define linhas que se percorre; sagradas e sadias.

Não está em coisas comuns da natureza, visíveis por todos,mesmo na floração inusitada que surge no milagre da vida multiplicado de forma diversa, em lugares míticos. Nem mesmo na geração doada pelo prodígio do amor em todas as coisas que gravitam em nossas vidas.

Está em poder explicar qual a razão dos vegetais, galhos e flores se dirigirem para posições diversas, sem nenhuma ordem determinante superior. Mas estamos todos sob o sol, o sol da vida que alimenta o sonho que se transforma em realidade.

O sonho inverte a realidade na proporção sentida. É sentido e sentimento, aguça e foge, aproxima e recua, é posse e desapossa, colheita e semeadura, vida e morte.

Sonhar é perceber a realidade, vivê-la, sem ferir o objeto que foi vontade do sonho que compromete o espírito e espanca a verdade que se consolida, na fusão da alegria banhada de felicidade.

Que todos possam sonhar na dimensão da realidade em viver o sonho.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 01/08/2018
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