Um dos maiores benefícios desde que comecei a praticar mindfulness, foi aprender a trabalhar o foco e atenção ao que estou vivenciando. A forma como olho uma foto antiga onde estou magrinha e de salto alto não é a mesma; aquela Giselle comissária de bordo é parte das minhas lembranças mais doces, hoje sinto carinho por esse tempo. Carinho, saudades boas e construtivas, os sapatos agora são baixos e as roupas mais confortáveis.
Saudades das viagens, dos lugares que conheci, das pessoas e do meu uniforme; foi uma época importante que são parte da minha história, agradeço ter vivido intensamente essa fase e também sou grata por tudo que estou vivendo agora. Aproveitei muito a vida antes de ficar doente, cada vez que chegava em uma cidade, saía para conhecer, provar comidas, olhar pontos turísticos ou caminhar só para sentir o lugar. Minha curiosidade me levou a todo tipo de situação, já fui para a beira do rio Negro ver os barcos retornando com peixes estranhos, fui visitar museus esquisitos, provei da buchada de bode ao caldinho de piranha. Não me arrependo de não ter dormido tanto quanto deveria, nem de ter provado sabores típicos, não me arrependo de nada daquela época em que era jovem e podia virar noites e noites trabalhando.
Não posso deixar que essa fase da aviação, tão atraente e intensa, me impeça de seguir em frente; minha realidade é muito tranquila e os passeios ligeiros e programados. As histórias tem um fim, o problema é quando não aceitamos e ficamos presos nas memórias do que fomos.
Acredito que acumulamos coisas demais, vamos colocando na nossa malinha e carregando vida afora, quanto mais pesada maior o esforço para arrastar. Estou tentando tornar minha bagagem mais leve, cada vez mais leve, até que não seja preciso levar nada além de mim. E quando estiver pesado demais, basta deixar ir... que sigam o fluxo dos pensamentos, momentos, sensações e sentimentos.
Indo e vindo, surgindo e desaparecendo.
#dorcronica#desapego#convivendocomadorcronica#saudades
Saudades das viagens, dos lugares que conheci, das pessoas e do meu uniforme; foi uma época importante que são parte da minha história, agradeço ter vivido intensamente essa fase e também sou grata por tudo que estou vivendo agora. Aproveitei muito a vida antes de ficar doente, cada vez que chegava em uma cidade, saía para conhecer, provar comidas, olhar pontos turísticos ou caminhar só para sentir o lugar. Minha curiosidade me levou a todo tipo de situação, já fui para a beira do rio Negro ver os barcos retornando com peixes estranhos, fui visitar museus esquisitos, provei da buchada de bode ao caldinho de piranha. Não me arrependo de não ter dormido tanto quanto deveria, nem de ter provado sabores típicos, não me arrependo de nada daquela época em que era jovem e podia virar noites e noites trabalhando.
Não posso deixar que essa fase da aviação, tão atraente e intensa, me impeça de seguir em frente; minha realidade é muito tranquila e os passeios ligeiros e programados. As histórias tem um fim, o problema é quando não aceitamos e ficamos presos nas memórias do que fomos.
Acredito que acumulamos coisas demais, vamos colocando na nossa malinha e carregando vida afora, quanto mais pesada maior o esforço para arrastar. Estou tentando tornar minha bagagem mais leve, cada vez mais leve, até que não seja preciso levar nada além de mim. E quando estiver pesado demais, basta deixar ir... que sigam o fluxo dos pensamentos, momentos, sensações e sentimentos.
Indo e vindo, surgindo e desaparecendo.
#dorcronica#desapego#convivendocomadorcronica#saudades