Panis et Circenses
Há quem diga que o voto é a maior arma que o cidadão possui contra a corrupção. Sim, não se pode negar o real valor do voto: eleger representantes nas várias esferas. Esse é um resumo grosseiro da Constituição, mas esta mesma “cartilha”, que um dia foi festejada, hoje não serve mais tanto assim. O país que viveu séculos às custas de uma monarquia acéfala, transformou-se em República, para em seguida, voltar a ser, veladamente, uma atroz aristocracia, disfarçada de democracia. E a maioria do povo, analfabetos, pobres, historicamente segregados, foram e vão sendo alimentados a pão e circo - de dois em dois anos.
Acontece que, política é um jogo de interesses públicos ou privados, isso qualquer um sabe, óbvio. Aqueles que estão sendo beneficiados, direta ou indiretamente, não conseguem enxergar a política como “algo voltado para o bem da coletividade” – às vezes, nem a própria comunidade consegue encontrar um bem em si através da política.
Como estamos num ano de eleições majoritárias, essas, pela primeira vez sobrecarregadas pelos olhares das autoridades, da mídia, da população num geral... quais meios serão utilizados para os “caixas 2” agora?
A esperança é que muitos destes que estão envolvidos nas várias denúncias relatadas na Lava-jato não consigam se reeleger, porque se tamanho desgosto acontecer, podem fechar as portas desse curral chamado Brasil e dizer que a Monarquia só trocou de nome.