Copas do Mundo

Esta Copa de 2018 foi mais uma na qual poderíamos fazer boa figura. E mais uma vez perdemos para nós mesmos. Graças a um técnico teimoso. Como o foram Flávio Costa em 1950 e Zezé Moreira, em 1954.

Teimoso é muito pouco. Talvez mal intencionado, mesmo, nesta Copa de 2018 o senhor Tite. Porque havia classificado o Brasil nas eliminatórias e o senhor Dunga ia indo muito mal. Mas classificar o Brasil era obrigação, jogando contra Bolívia, Paraguai, Peru, Venezuela e Colômbia, Então o senhor Tite, querendo se manter Invicto não trocou peças que não estavam rendendo bem, como o caso de Gabriel Jesus e de outros que mesmo jogando mal ficaram como titulares. Antes de a Copa começar eu escrevi que não confiava em Thiago Silva e Miranda zagueiros já superados. E Marcelo, querendo só se exibir para o nosso treinador, não houve chance de outros zagueiros serem testados. E um ataque que tinha Felipe Coutinho longe das áreas e Neymar que tentava com arte, malícia, manha, e até ser ridículo, em favor do Brasil. Mas não deu, pois com Argentina Uruguai, Alemanha, Portugal e Espanha fora só restavam o Brasil e a França. Mas caímos frente a Bélgica que tinha um bom entrosamento e alguns craques que iam se destacando. Mas não tinha cacife para ser campeã do mundo. Foi uma pena. Perdemos para nós mesmos. Vamos convocando, começando do zero e já montando outra seleção, pois desta aproveitaremos o mínimo.

Muitos não estarão na Copa do Mundo do Qatar, pela idade. Devemos aproveitar jogadores que jogam no Brasil e apenas alguns de fora como Felipe Luiz, Roberto Firmino, Fagner, Douglas Costa, Casemiro, e olhar com carinho muito jogadores que estão surgindo e entregar a um técnico novo. A copa de 2018 passa a ser um túmulo como o 7x1 de 2014 quando nos lembrarmos dela. Vamos ter coragem de superá-los. O tempo dirá.

Outra Copa perdida para nós mesmos foi a copa de 1950 perdemos não para o Uruguai mas para o senhor Flávio Costa, para os dirigentes da CBD e para os cronistas do Rio de Janeiro. Nossa seleção, mesmo com erros grotescos, ainda chegou a final com muita vantagem. Porém, a crônica queria Juvenal e não Mauro Ramos de Oliveira queria Bigode não Nilton Santos. Na linha atacante foram colocados Maneca e Friaça, e até Alfredo que era reserva no Vasco da Gama. Deixando de lado Cláudio Cristóvão do Pinho, o melhor ponta direita do Brasil e na ponta esquerda Rodrigues ou Simão, também quilômetros de distância de Chico. Quais eram os seus defeito? Serem paulistas.

Perdemos por 20 minutos, pois até os 25 minutos do segundo tempo o Brasil ganhava por 1 a 0 e até o empate nos favorecia. Perdemos em casa com tudo a nosso favor. Algum tempo depois, jogadores deste dia fatídico confirmavam que na véspera da final com o Uruguai nenhum jogador dormiu naquela noite. Dando entrevistas e participando de festas já festejando a grande conquista. Esta passagem foi a mais dolorida de todas. Mas aí veio a Copa de 1954 se tivéssemos mais memória poderíamos formar uma seleção imbatível. nosso técnico era Zezé Moreira, antigo jogador do Botafogo do Rio de Janeiro que havia jogado com o maior time do Clube da Estrela Solitária: Moreira, Lino e Nariz, Zezé Procópio, Zezé Moreira, Canali, Álvaro, e Carvalho Leite, Perácio e Patesko. De fato aproveito o que de melhor que tínhamos na época e formou uma defesa com Castilho, Djalma Santos, Pinheiro, Bauer, Brandãozinho e Nilton Santos. Mas na linha o senhor José Moreira se borrou todo querendo castigar três craques e 50 que não foram culpados pela derrota. Ele deveria ter formado assim: Julinho Botelho, Zizinho, Ademir de Menezes, Jair da Rosa Pinto e Rodrigues. Influenciado talvez pela crônica, preferiu levar Baltazar e Pinga como o trio atacante e deu no que tinha que dar. Fomos eliminados pela Hungria que perdeu o título para Alemanha. Se o bom senso imperasse o resultado seria outro.

Laércio
Enviado por Laércio em 30/07/2018
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