MAIS DE 50 ANOS
DE MOTO
 Andar de moto há mais de cinquenta anos, reuniu muitos contos que a envolvem... junto a minha pessoa que a pilotava como se ela fizesse parte da minha vida – e ainda faz porque aos 75 anos  ainda não desprezo esse andar montado numa máquina, acreditando que elas bem dirigidas, enfeitam as ruas por onde passam.
Montado numa pesada moto Honda shedow estilo custom dirigia-me de São Leopoldo/RS para Porto Alegre/RS num passeio de fim de semana onde voltaria no mesmo dia.  No meu regresso pela BR 116, refazendo o mesmo itinerário... ao chegar próximo da famosa churrascaria Schneider, já em  São Leopoldo, teria que descer um período descendente da avenida, mas com eu estava  na parte alta vi ao longe um acidente de carro e consequentemente os demais carros que iam na  minha frente estavam diminuindo as suas velocidades e eu tinha também pela distância da minha visualização como usar os freios da possante shedow, e se todos usassem seus freios prudentemente, não somaria mais outro acidente.
Fiz uso dos freios dianteiro e traseiro da moto com cautela e ela foi diminuindo a velocidade sem arrastar os pneus entrando no mesmo ritmo dos veículos à minha frente. Claro:  >pensei que os que vinham atrás deveriam fazer o mesmo. Só que o que vinha logo atrás... não fez.
 Não tenho como responder! Sou uma pessoa do bem, talvez isso ajude... mas sem olhar para trás eu senti, não sei como!... que de alguma forma um perigo eminente iria acontecer com a moto... sabia que não seria a moto bater no carro que freou na minha frente... mas minhas mãos jogou a moto para o lado esquerdo saindo do congestionamento, parando em cima do canteiro que divide as vias da BR 116.
 Nisso ouvi uma batida de carros... ao olhar vi que o carro que vinha logo atrás de mim, dirigido por alguém com pressa e com falta de prudência que deve estar aliado ao dirigir... bateu na traseira do carro que estava a minha frente jogando-o para a outra pista. Eu e a moto teríamos virado um sanduiche entre os dois carros, se eu não tivesse esse instinto de retirar a moto da BR e ir para o canteiro.  Então tive que dar um tempinho para administrar  a situação, onde os ferimentos ocasionado pela batida foram pequenos... e para que o coração voltasse ao normal.   
Eu gostaria de não precisar contar esta história que apesar do grande susto, terminou bem para nós “EU A MOTO”... porque a maioria das histórias de moto só me deu prazer. Continuo a afirmar que a moto não foi um momento vivido... ela faz parte de minha “vida” há mais de 50 anos.
SÃO CONTOS... SEM EDIÇÃO
Scaramouche
Enviado por Scaramouche em 29/07/2018
Reeditado em 31/07/2018
Código do texto: T6403588
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