Hó Minas Gerais, quem te conhece jamais te esquece...

     Há um trecho de uma canção com este refrão, mas o que Minas tem que fascina?
     São as pessoas? O ar bem mais puro? As amizades que duram para sempre? A comida? A simplicidade? As histórias? O falar manso? Os doces? Os queijos? A cachaça? A alegria?
     Bom, é difícil descrever pois tem tudo isto e muito mais. É um encantamento que não sei como definir. Tanta coisa que atrai na simplicidade de se viver, das festas, da religiosidade, do comportamento, e da confiança, das histórias...
     Pois estive lá, na casa de meus pais neste final de semana. Conheço tanta gente que parece que nunca sai de lá, que apenas estive viajando.
Por outro lado o povo mineiro é trabalhador e luta pelo que deseja conquistar. Se não consegue coisas materiais, se consegue carinho e amizade, consideração e gratidão.
     O salário das pessoas é pequeno demais. Conheci dois cuidadores de idosos, e cada um ganha 350,00 reais por mês, para ficar o dia ou a noite inteira. Há pouco dinheiro, e muitos vivem com o mínimo dos mínimos.
     A cidade de Paiva é pequenina, mas hospitaleira, e adoram quando chegam gente de fora, que muitas vezes trazem um pouco mais de dinheiro para movimentar o comércio da cidade.
     Estive numa EXPOSIÇÃO de gado, aonde há de tudo, desde vacas leiteiras a artesanato, doces e comidas típicas. Uma coisa muito usado até em festas é a canjiquinha (quirela) com carne de porco, muita cebolinha, é vendida nas barracas. A pequena cidade de Paiva está crescendo para cima. Está cada dia mais lindinha, minha cidade natal, aonde conhecemos quase todos moradores, pelo menos os mais antigos.

     Viajando para Minas, temos que lembrar de trazer doces e queijos para a família. O doces são especiais por não conter misturas para aumentar o volume, como nas indústrias normais. O queijo bem feito também. As frutas e verduras colhidas no pé, sabor orgânico, pois tudo é estercado com estrume do gado, que depois de seco serve como adubo.
     Sabor de Minas, povo mineiro, de muita gente honesta, pode-se dormir de janelas abertas, roupa no varal. A maldade ainda não foi totalmente para essas pequenas cidades escondidas nas montanhas e serras de Minas. Pena que não há quase emprego para que as pessoas continuem lá construindo suas famílias. MAS A minha ALMA FICA SEMPRE DIVIDIDA. Um pedaço do Brasil tão maravilhoso, é Minas Gerais. Lá não tem mar, mas tem rios e alegrias. 
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Bela interação da poetisa Maisa

Maisa Silva27 de jul (Há 2 dias)
para mim
A fazenda de mainha
Onde andas mulher rendeira,fisete queijo coalhado,
e compotas de cajú,e doce de marmelo em tacho de cobre!
Fogão de lenha já aceso,e chá de canela e bolo de fuba,mainha fez;
Encanto-se de amores,e fez poesia em papel de pão,em xícara esmaltada
na prateleira de pau de jacarandá, dessa mainha amada!
fizeste cigarro de palha pro pai deitado na rede,e perguntou de cavalo baio
e biserro novo, da vaca malhada!Então se encantou com verde de mato 
e fez poesia em papel de pão,verso inteiro saiu são,nem rastro de cidade!
Colocaste escondido na gibeira,faceira que só,pimenta verde de cheiro e maço de Alecrins na horta de mainha;Vendo córrego manso,olhou sereno e desistiu de nadar;
Ah ,mulher faceira não mais rendeira,mas como mainha,brejeira de ser pra colar;
Esquece não meu açafrão,ou se perdeu em pés no jabuticaba?!
fim de tarde e arrebol,deitada em rede tecida de rendas,se fez olharestrelas mil, e agradeceu a Deus tempo de ficar,alma tranquila,luar inaudito e perene;
E viu também agraciada de Deus,naquele lugar de infância vivida e sorriu!
Amanhã de se partiu ,chorou om abraço de mainha,e prometeu logo voltar!
Trouxe,pamonha de milho verde de plantio melhor,com pienta e queijo;
Quando chegou de onibus lotado percebeu,que mainha coloou de presente,
em lata trancada,piqui, requeijão freo e cachaça e licor de jenipapo!
Chorou então,com vontade de ficar lá,mas como poeta,é de ofício viver em entrelinhas,mundão de cidade,cumpre destino,a sentir aperto
Pensando já que guizado de carneiro,na lata,um pouco prometeu me dar!!



EXPO DE 18 A 23 DE JULHO DE 2018
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Norma Aparecida Silveira Moraes
Enviado por Norma Aparecida Silveira Moraes em 25/07/2018
Reeditado em 01/06/2019
Código do texto: T6399756
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