PORTO ALEGRE ESTAVA VAZIA
Em minha trajetória literária, tive um encontro misterioso em um evento, no Santander Cultural, com uma garota que dizia ter escutado vozes do alto de alguns prédios, na Av. 7 de Setembro, numa madrugada, em que Porto Alegre estava vazia. Pareceu-me bastante assustada. Tentei tranquilizá-la, de nada adiantou.
No término do recital, pediu-me que a acompanhasse ao ponto do lotação, sentia-se insegura.
Ao entrar no coletivo, virou-se e disse:
– Senhora, meus grilos não cantam, eles atormentam. Por favor, faça algo por mim. Há marcas que ferem muito.
Enquanto o veículo afastava-se, senti-me impotente, nem o nome da jovem ficara sabendo.
Imagem - Créditos: Jussara Maria Nodari Lucena
Em minha trajetória literária, tive um encontro misterioso em um evento, no Santander Cultural, com uma garota que dizia ter escutado vozes do alto de alguns prédios, na Av. 7 de Setembro, numa madrugada, em que Porto Alegre estava vazia. Pareceu-me bastante assustada. Tentei tranquilizá-la, de nada adiantou.
No término do recital, pediu-me que a acompanhasse ao ponto do lotação, sentia-se insegura.
Ao entrar no coletivo, virou-se e disse:
– Senhora, meus grilos não cantam, eles atormentam. Por favor, faça algo por mim. Há marcas que ferem muito.
Enquanto o veículo afastava-se, senti-me impotente, nem o nome da jovem ficara sabendo.
Imagem - Créditos: Jussara Maria Nodari Lucena