FilosofEU
Eu definho!
Desequilibro os passos naquela nostalgia de que o tempo deveria voar enquanto choro...
Eu desdenho!
Ignoro aquela dor existencial, e a sós com o meu travesseiro, deságuo minhas tempestades de pranto.
Eu evito...
Evito as pessoas contrariadas, atravesso caminhos muitas vezes, com os olhos vendados...
Eu desabafo!
Ponho-me a frente do espelho por horas, não apreciando-me, porém indagando, porfiando o meu imediatismo,
Eu desagrado!
Não sou tão legal, no meu "jeito etc e tal"
Eu verbalizo!
Me aplico em um discurso que, apenas verbaliza meu viver, não sou desses que, criam filosofias e, vivem de demagogias.
Eu me reconstruo!
Esta aí um mundo cão, que, abala as estruturas de todos, aniquilando os mais fracos. Todavia eu esquivo-me quando necessário e, desembainho a espada quando oportuno.
Eu poetizo!
Idealizo um alguém inexistente pelo cansaço de decepcionar-me com o comum...
Eu isolo-me!
Sou mesmo um ser anti social, porque este suposto social emprega diretrizes que, o próprio sistema descumpre o que elaborou.
Eu evoluo!
Renovo-me pelo conhecimento e experiências, elaboro estratégias que, me aproximem dos inimigos, não para aliar-me a eles, porém para identificar e, atacar suas fraquezas.
Eu Silencio-me!
Eu desfaleço-me!
Eu Morro!
Eu parto,
Eu fico...
Eu aponto,
Desaponto,
Eu vivo...
E um dia, mesmo querendo repetir todas estas ações novamente, eu deixarei um último suspiro, uma última palavra, um último querer,
Um último porfiar,
Um último viver...
E em fim, um último PARTIR...
(Hámilson Carf)