Frida Kahlo sofreu dores terríveis,  consequências da poliomielite aos seis anos de idade, e de um grave acidente aos dezoito. Mesmo assim, Frida elegeu o amor por Diego Rivera como  o maior sofrimento de sua vida.

Inteligente, dinâmica, politicamente engajada, teve a existência marcada por tragédias, incluindo o suicídio do primeiro noivo em sua presença como prova de amor, impossível imaginar como deve ter sido conviver com essa lembrança.  Frida relatou diversas vezes o quanto se sentiu marcada por tantas perdas, também dizia que não se lembrava do que era viver antes da dor, das sequelas e incapacidades. Suas pinturas retratam cicatrizes, ossos, a coluna ferida que a obrigava a usar um colete de aço, pregos fincados em sua carne, que podem ser interpretados como a dor aguda em cada ponto de seu corpo frágil.



Frida pintou auto retratos, múltiplos pedaços de seus órgãos sangrando  em constante suplício das cirurgias ortopédicas, a agonia que se submeteu na esperança de melhorar sua condição. Frida expôs  sua dor com toda crueza e detalhes, e o mundo teve enxergar cada ferida em minúcias. A desgraça fascina, e ela conhecia como ninguém a crueza do desconforto.
Apesar de um sofrimento físico insuportável, a dor que provinha do coração era a que mais incomodava. Ela sempre se referia ao seu imenso amor por Diego, como a maior de todas as dores.



O mais incrível, é que até hoje suas pinturas conseguem despertar a dor no observador, mesmo com toda a violência atual, quando olho suas obras, meu coração se abre diante da tradução do  sofrimento. Frida emociona e ao mesmo tempo a dimensão do talento da artista supera a tristeza, sou inundada por uma imensidão de sensações e sentimentos nobres. É Frida Kahlo, não há palavras suficiente para descrever.
Giselle Sato
Enviado por Giselle Sato em 18/07/2018
Reeditado em 18/07/2018
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