À FLOR DA PELE

Há pessoas com sensibilidade à flor da pele em relação às outras com as quais lida em cada momento do dia. De certo modo podemos dizer que corremos contra o tempo. Também de um lado existem aqueles que sabem exatamente conciliar tempo, lazer, afazeres e ainda cuidar bem dos outros perto ou distante, seja dos entes familiares, seja dos amigos, seja de desconhecidos. É algo inequivocamente louvável quando percebemos pelo vidro do carro, do ônibus, do táxi que existem pessoas que “vão muito bem, obrigado!” E quando nos referimos a essa expressão não queremos dizer que apenas estão bem consigo, todavia exalam esse bem aos que com ela se interagem. E mesmo que às vezes esses outros não queiram ou não saibam interagir, elas sabem a exata medida de lhes transmitirem afago, afeto, atenção e carinho. Quem são essas pessoas?

Bem! Simultaneamente não podemos nos esquivar de realizar um corte figurado no meio social de que convivemos, em um país que foi privilegiado por Deus em muitos aspectos naturais, sociais de miscigenação de crença, raça, etc. Ademais há grupos nas diversas regiões de nosso território nacional que espalham discórdia, violência e por que não dizer crueldade. Não é raro pelas redes sociais e mídia ouvirmos falar de homicídios de diversos gêneros, de famílias sendo executadas, de comunidades convivendo com balas perdidas que espalham dor e sofrimento. Há uma desestrutura social também localizada e que por vezes ganha adeptos de alguns que são desequilibrados mentalmente. Tudo isso que exemplificamos igualmente faz parte de um estudo conceituado como saúde social. A saúde social de uma sociedade revê ou trata dos aspectos que influenciam na formação de conflitos ou na capacidade de interação entre povos e comunidades. Segundo uma pesquisa no site Vladmam.net “o termo também pode se referir à saúde de uma sociedade, e muitas vezes é usado para indicar como as pessoas dentro de uma determinada sociedade ou cultura interagem e se comportam em direção ao outro. Neste sentido, um país que é repleto de conflitos e violência pode ser considerado como sofrendo de problemas sociais de saúde.”

Não por mero acaso quando vislumbramos o que fora tratado acima, percebemos que de certo modo a sociedade experimenta problemas sociais de saúde. Então se por um lado temos que cuidar da saúde física e mental individual, há que se considerar que uma depende da outra. Não há saúde física e mental desacompanhada do equilíbrio e da capacidade que alguém tem de se interagir positivamente uns com as outros. Já há estudos que apontam que pessoas muito fechadas em si, que por diversos motivos não querem ou não sentem a necessidade de interação social, podem ser interpretados como uma enfermidade a ser tratada com atenção médica diferenciada. Há que se compreender que em muitas vezes um pequeno problema como por exemplo uma falta de atenção dos que se convivem pode até se tornar uma fobia social agravada. Em vista disso, nas palavras de Leonardo Da Vinci, escritor renascentista “as mais lindas palavras de amor são ditas no silêncio de um olhar.” Por isso um diferenciado olhar de cada um de nós aos que nos rodeiam; uma forma atenciosa de interpretação das ações e da forma de ser do outro pode contribuir para aprimorar a interação social e consequente a saúde social, física e mental uns dos outros.

Michael Stephan
Enviado por Michael Stephan em 14/07/2018
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