Como o capitalismo é cruel
Como o capitalismo é cruel
Livre iniciativa, livre concorrência, a lei da oferta e da procura, fazem com que os fornecedores se engalfinhem, disponibilizem um funcionário para ver o preço, marcado em etiquetas, no território concorrente. Uma disputa até certo ponto sadia, que leva ao consumidor a opção de escolher o melhor preço a se pagar.
Por vezes a oferta chega às raias do imponderável: cartaz em neon anuncia promoção em um motel, sim, acreditem, promoção em um motel.
Eu, que não tenho mais idade, e nem parceira, vale a alternativa em que você acreditar primeiro, me ponho a imaginar o que, além do preço baixo é claro, um motel pode oferecer como atrativo, supondo que ele não ofereça ao usuário a mulher, com quem dividirá os bônus ofertados.
Eu tenho comigo que: toalhas e lençóis limpos, água quente, e filmes pornôs, sejam itens que, naturalmente, compõem o conceito de motel, são elementos básicos na montagem de uma casa do gênero... conditio sine qua non.
Repetindo, como não tenho mais idade para me aproveitar de todas as promoções, e querendo muito ter a noção exata do existe agora, que não existia na minha época; além da incapacidade de abstrair algo, que para mim já não é tangível, trouxe a oferta para um parque de diversão, fazendo de um anúncio fictício, pelo menos para mim, algo a ser alcançado em um lugar onde eu possa freqüentar.
A analogia não foi das mais felizes, afinal no lugar de uma mulher que eu levaria ao motel, levei meu neto ao parque infantil, onde o balão que o parque ofertava tinha formato de cachorrinhos e girafinhas, e rompendo com o incrédulo, pergunto se os balões que o motel estaria ofertando seriam de mulheres infláveis?
Apelo a Marx e questiono... promoção até em motel?