A ABSTRAÇÃO TOTAL NA PASSAGEM DOS TEMPOS

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Terça-feira, 10 de Julho de 2018

A juventude atual não deve e, principalmente, não pode ter a noção exata da diferença do tempo entre uma geração e outra, por motivos óbvios, haja vista que não viveu os tempos anteriores. Mas os que já estão na chamada terceira idade, possuem muito bem a certeza de que tudo não é como dantes no quartel de Abrantes.

E tais mudanças são radicais e totais. E em todos os níveis, planos, sentidos e direções. E a que chama e desperta mais atenção é a da conceituação moral. As práticas comportamentais que se usavam nas décadas passadas, são absolutamente diferentes, a ponto de podemos afirmar que tudo o que existia e valia antes, já não segue a mesma linha.

Pode-se até admitir que em função dos mecanismos, ferramentas, instrumentos e aparatos tecnológicos que hoje existem, tenhamos mais condições de ver e observar tudo o que se passa entre nós nesse cotidiano, o que provavelmente não acontecia antes. É possível. Mas que está tudo muito diferente, não tenham nenhuma dúvida disso.

Então, pode-se até dizer, mesmo que de modo divertido, é que já não se faz mais pessoas como antigamente. Daí que o que estamos assistindo e vivendo em nosso país, e provavelmente mundo afora, é de estarrecer. Propriedades como o caráter, a vergonha, o respeito, a moral e a ética, por exemplo, mesmo que saibamos serem abstratas, hoje em dia o são até muito mais, a ponto de não se observar suas práticas entre nós. Parece que evaporaram-se de vez.

O âmbito político brasileiro, por exemplo, está que é um espanto. E a situação chegou a um ponto que já nem sabemos mais em quem confiar. Já não conseguimos distinguir quem é do bem ou do mal, porque o exemplo que muitos homens públicos brasileiros andam expressando, a começar pelo ex-presidente Lula da Silva, já sai totalmente da linha de entendimento do que seja compostura.

E por desdobramentos, seguindo no âmbito dos Três Poderes da República, observamos diariamente através da imprensa, práticas ilícitas, indecentes e imorais, bem como de total falta de decoro, onde a impressão que temos é a de que quase todos os que estão nesses âmbitos, só possuem uma intenção: a de se locupletar. Quase ninguém segue os preceitos das regras a que estão impostas quando no desempenho de seus cargos e funções públicas.

O agravante nisso tudo é ver o progresso contínuo e acentuado dessas más ações. E tal progressão é assustadora, a ponto de se observar, por exemplo, que em todas as iniciativas, projetos, empreendimentos e que tais, na área pública, contém absurdos e ilegalidades. Onde se chega à conclusão de que os órgãos e agentes fiscalizadores não estão cumprindo fielmente com seus deveres e obrigações. Daí tantos revertérios.

Aloisio Rocha de Almeida
Enviado por Aloisio Rocha de Almeida em 10/07/2018
Código do texto: T6386038
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