“Os olhos das pessoas dizem mais do que suas palavras.”

Ter um ídolo da música ou mesmo da arte, teatro e outros e atravessar décadas ouvindo, procurando fatos, fotos e emocionando-se com tudo o que lembra seu ídolo é inexplicável.

Digo isso, pois não tenho explicação plausível, a não ser o que trago dentro do peito e de alguém que tenho na memória desde que me entendo por gente. Chorei na adolescência no dia em que ele se foi precocemente.

Falo de meu amor de fã por Elvis Presley. Muitos discordam ser o rei do rock. Chuck Berry, Bill Halley, Jerry Lee Lewis já apareciam e seriam ícones do rock in roll. Mas ninguém como Elvis se manteve nas paradas mundiais e foi popular por tantos anos quanto ele. Referências de críticos e especialistas, talvez. Para mim, já que não me vale aqui nenhum catálogo ou referência didática, sem importância saer quem foi o rei. Ele, para mim, volto a dizer, foi o melhor.

Assunto de outra crônica na qual tratei de falar do seu cover - ouço neste momento “MY WAY” com Elvis- me vem a vontade de escrever sobre.

Um texto de meu amigo escrevinhador de rabiscos (ele mesmo diz) falava dos Beatles. Concordo, em se tratando de banda, de conjunto da obra e de pioneirismo foram os melhores. Mas Elvis, solo e com uma história de incontáveis filmes, turnês, dança de quadris lançando moda, roupas extravagantes, calças apertadas, um luxo só, e popularmente conhecido no mundo, é para mim inesquecível.

Muitos dirão que é exagero. Tietagem ao vivo não foi possível. Então homenagens e leitura de sua vida e obra são o que me resta. Longe de ser biógrafa ou entendedora. Pura tietagem mesmo, repito.

A Rede Bandeirantes de Televisão transmitiu nos anos 80, e repetidas vezes, seus maiores sucessos nos filmes. Assistia a todos. Topete, sorriso maroto e dança de tirar suspiros das mulheres em seus vídeos e gravações. Parceiras como Judy Tyler, Ann Margret, Ursula Andress.

Quantas vezes nos bailes de garagem ou para angariar dinheiro para formatura dançamos “Kiss me quick”, “Jailhouse rock”, “Blue suede shoes”, “Tutti frutti”, ” It´s now or never?”. E as lentas “Love me tender”, “Always on my mind” ou “Can´t help falling in love”, entre tantas outras.

“Sylvia”, uma de minhas preferidas, não coincidentemente meu nome, por muito tempo achei ser de sua autoria. Intérprete se confundindo com compositor. Descobri mais tarde que não. Foi escrita por Geoff Stephens e Les Reed em 1970 e tem algo de melacólico e de uma espera de um amor ainda não reconhecido. ((http://filomusicology.blogspot.com/2016/02/elas-se-tornaram-cancao-sylvia-elvis.html ). Um primor de melodia.

Difícil entender porque ídolos morrem. Claro, todos morreremos. É fato. É que idealizamos um amor, uma querência tamanha, que não queremos perdê-los. Mais difícil ainda entender porque muitas mortes são motivadas por suicídios ou vida de exageros e insatisfações que levam ao vício e a patologias outras. Via de regra, são expoentes e famosos naquilo que fazem. Por que, então, se entregam e muitos são infelizes? Exemplos não faltam. Especulações à parte, Julgamentos não me cabem. São eternos enquanto obra. Elvis não morreu. Não morreu em meu coração. Feeling so sad now, I'll be so glad now/ If I just ain't my “Elvis” with me.

Silvinhapoeta
Enviado por Silvinhapoeta em 09/07/2018
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