Crônicas sobre o Amor...
Quem sabe seja esse o motivo, de tudo o que esta acontecendo hoje. Eu embalei meu coração na rede da proteção. O deixei dopado tantas vezes para não deixa-lo sentir o gosto do suposto amor que o mundo diz sentir...
Era lá, naquela sentença de sonhos que eu imaginava ser feliz. Fechado para o real, aberto para emoções internas, as quais eu mesmo geria. Gestor de sonhos, Staff de um coração adormecido, estagnado no meu próprio tempo.
Vilão de mim mesmo, protagonista de um monólogo. Eu despertava todos os dias, e já corria para minha janela de percepções, baixava as cortinas, para que os raios de emoção, não despertassem meu coração.
Lembro-me do meu "Ego" discutindo com o "Superego" e o meu "ID" vaidoso lutando contra os outros dois elementos psíquicos. Eu condicionei meu coração a um sono profundo, jamais o estiguei a motivação de amar, eu conhecia os riscos, entendia toda a sua Estrutura Organizacional. Durante anos o deixei vegetar, suas Necessidades pouco me comoviam... Até o dia em que as cortinas já não eram suficientemente grossas para impedir, que o brilho do teu sorriso despertasse aquelas mesmas emoções. Porem, desta vez com força avassaladora... O coração cobrou-me tudo o que se perdeu enquanto dormia, despertou-se não apenas do sono, bem como da interna euforia de um amor platônico, e hoje, adormeço eu, em uma cama de solidão e esquecimento. Sonhando que aquele evitado amor, me desperte para viver o tão desejado "Para sempre" que muitos de nós sonhamos realizar.
(Hámilson Carf)