ESCREVER ABRIU-ME MUITAS PORTAS

Iniciei ainda bem jovem, cursando escola técnica noturna, onde também lecionei antes do término do curso. Apresentei alguns artigos ao redator do jornal Correio de Promissão, na época, Tortoza, e ele me propôs: venha após as aulas compor as matérias, que publico. E, assim, foi. Pegava letra por letra e montava o texto.

Graças aos artigos que saiam todos os domingos, fiquei conhecido e até fui eleito vereador ainda menor de idade. Quando tomei posse no Banco do Brasil, por concurso, que fique claro, fui bem tratado pela atividade jornalística. Cursei Direito, advoguei e resolvi cursar Letras, também.

No final do curso de Letras, isto em 1973, o BB abriu inscrição para quem quisesse estagiar na revista interna do banco, sediada no Rio de Janeiro. Necessitava anexar artigo de própria autoria . tratasse da Língua Portuguesa e que tivesse sido publicado em alguma revista ou jornal.

Mais que depressa escrevi comentário sobre o livro Comunicação em Prosa Moderna, de Othon M. Garcia, recém-editado, publiquei no jornal local e me inscrevi. E assim fui estagiar o janeiro inteiro de 1974, no Rio. Fui com a família. As diárias que o banco pagava deu para alugar um pequeno apartamento lá na rua Sá Ferreira, no Posto 6, em Copacabana e ainda sobrava. Almoçava na AABB da Lagoa Rodrigues de Freitas, frequentava a praia de Copacabana e a Galeria Alasca para jantar. O Rio era tranquilo e seguro, naquele tempo.

O chefe e orientador era o escritor Esdras de Nascimento. Mas tarde a sede da revista foi transferida para Brasília. Não tive a coragem de acompanhá-la.

Vinte anos após, formei-me em Jornalismo, na UNESP-Bauru. Escrevi todos esses anos em vários jornais e revistas, além de 12 livros.

Yoshikuni
Enviado por Yoshikuni em 08/07/2018
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