Um caminho a voltar
Um caminho a voltar
Hoje, eu estava muito aborrecido por um pequeno gigantesco problema particular surgido devido ao mal uso das palavras por alguém a quem tenho apreço. Em realidade, o mal estar começou ontem. O sono veio e o alívio não. Acordei mal. Tive um dia ruim mesmo tendo ouvido uma pregação belíssima na minha igreja. Voltei para casa e o mal estar continuou.
Ouvi a melodia do hino “Jubilosos te adoramos” e li sua letra. A melodia é a mesma de “Ode à alegria”. Dali passei a leitura dos dez primeiros capítulos do livro de Gênesis, da Bíblia. Parei e fui ler meus e-mails. Abri um deles meio por instinto meio por raciocínio. Fui para a mensagem do “Escrevendo o futuro”. O título “Perifobia” chamou-me atenção. Resolvi ler pensando se tratar de mais uma das várias fobias oriundas da dificuldade das pessoas em se relacionarem. Não consegui parar de ler a reportagem sobre a escritora Lilia Guerra, por Tereza Ruiz. Senti-me impulsionado a juntar o que venho escrevendo ao longo da vida e criar um livro.
Era o que faltava a mim. A chama foi realimentada. Identifiquei-me com a Lilia Guerra. Sou da cidade de São Gonçalo, no Rio de Janeiro. Tenho parentes e amigos nos subúrbios cariocas, em cidades distantes do interior e nos bairros afastados do Centro do meu município. Penso ter entendido o significado de “perifobia” antes de ler o texto. Sei de outras coisas muito desagradáveis pelas quais passamos nos nossos territórios invadidos pela brutalidade humana.
As artes têm sido um bálsamo para mim. Escrever liberta. E é isso que vou fazer: lutar pela “liberdade ainda que tardia”.
Quero ler o livro o mais rápido possível.