Ganhar perdendo
Nesses dias que passaram, milhares de pessoas se encontraram nessa peleja: torcendo, de corpo e alma, para que o Brasil vencesse a Copa. Há uns vigilantes que sofriam porque, qual fosse o resultado dessa euforia, havia aproveitadores, que, às caladas da noite, estavam “parlamentando” aos cochichos, surrupiando nossos direitos, nossos bens, nossas riquezas, nosso ouro, bem maior do que o da Taça Jules Rimet que, de uma das copas, foi furtada da sua vitrine. Seria ético que os formadores de opinião, antes do Brasil voltar para casa, tivessem relacionado os gols contra o povo e seus respectivos autores. Gosto de futebol, da Copa, torci pelo Brasil, mas, por isso, fiquei atento aos passos desses arrombadores das nossas casas, enquanto estávamos viajando nas nossas alegrias...
Enquanto o desportivo povo “grelhava os olhos” na TV ou os ouvidos no rádio, congressistas “trabalhavam” pelos seus interesses... Planejaram maquinando: “Aproveitemos a Copa”. E enquanto a Seleção brilhava, eles jogavam sujo. Torci para o Brasil ganhar a Copa de 2018, e, nesse 2018, ganharmos as eleições que nos assegurem representantes e dirigentes, escolhidos pelos seus passados e históricos de competência e honestidade; assim haverá outras vitórias.
As experiências já nos explicitaram derrotas, sobretudo, no campo democrático. O que nos alerta não fraquejarmos nessa outra peleja; cada um em sua respectiva posição, correndo todo o campo, e evitando prorrogação. Um ditador romano deu à plebe “pão e circo”, no Coliseu de Roma, para assistir à partida: Leões Famintos X Cristãos Famintos... Os aplausos e a torcida foram para os Leões Famintos, que dilaceram corpos, e aí o "espetáculo": arrancaram braços, pernas e cabeças daquela gente inocente e injustiçada, vítima dos interessados em culpar, sem provas, e torturar os cristãos até matá-los. Nova partida, depois da Copa: a República, ainda em processo de construção, necessita do seu voto como gol à vitória dos seus anseios e conquistas.