Finta

Considerada a etimologia da palavra “finta” como oriunda do italiano, “fingere”, tem-se um verbo no particípio substantivado, cujo gênero é feminino! Talvez por ironia da língua, ou por um capricho do destino, a dissimulação seja um predicativo feminino.

A bola, objeto arredondado e que possui diversas funcionalidades, é também uma palavra feminina, mas desprovida de gênero quando entregue às mãos e aos pés de desportistas. Aliás, até mesmo quem possui os dois gêneros também almeja tê-la entre as mãos ou entre os pés. A bola, tão eclética e tão singular.

A união de duas palavras femininas – a “finta” e a “bola” – proporciona uma narrativa curta, de aproximadamente 90 minutos, podendo ser prolongada caso haja necessidade. Durante o enredo, as duas permanecem juntas, desprovidas de qualquer vergonha e julgamento. Uma “finta” bem dada faz qualquer “bola” apaixonar-se. E engana-se aquele que pensa “ah, se ela soubesse que ele – o jogador – faz o mesmo estando nos pés de outro!”. Há fingimentos que são passíveis de perdão eterno!!!!