A escrita ''nos dá asas''!

Uma vez, certa pessoa interpelou-me: Você sempre escreve baseada nas suas experiências e vivências? Soltei um sorriso e disse: Nem todas as vezes. Sabe? Fiquei dias matutando nesta simples pergunta e para ser sincera eu também fazia a mesma indagação ao ler outros textos, pensamentos, contos etc... Será que o fulano passou por isso? Ou melhor, está passando por isso?. Comumente, quando criamos um poema de amor, com versos ardentes e envolventes, as pessoas dizem logo: ''Hum, alguém está apaixonada!''; o mesmo acontece quando produzimos uma história de paixão, tristeza, saudade etc... Tudo parece estar relacionado ao nosso estado emocional. Todavia, tanto o escritor quanto o compositor ou o poeta estão suscetíveis aos acontecimentos da sua vida pessoal e do seu estado de espírito. Mas isso não quer dizer que eles não podem ''fugir'' da realidade de vez em quando. Imaginar coisas que gostariam de terem feito ou vivido. Criar, dar forma a algum desejo da alma. Esses artistas possuem um dom incrível: Eles modelam, ajustam, renovam, recriam diversas realidades, sonhos e intenções. É como uma tela de pintura, o artista simplesmente ''deixa a sua marca'' esculpida em cada pincelada, em cada detalhe da obra. Em parte somos impulsionados pelo que vemos, ouvimos, sentimos e vivemos. Contudo, o nosso lado engenhoso não está inerte... De alguma forma nós transcendemos os nossos próprios limites.

É, caros leitores! A escrita nos proporciona este e muitos outros privilégios. Sinta-se livre para escrever sobre o que quiser, independentemente de ter vivido ou não aquele momento. As palavras têm poder! Tenha a mais pura certeza disso!