Amor bandido
Não sei porque vejo o amor como algoz. Primeiro, que é penetra. Entra na sua vida sem convite, invade sua intimidade e consome sua paz. Depois é egocêntrico.
Ama ser o centro das atenções, tudo gira em torno dele e quer sempre ter razão. Narcisista ao extremo, o que não se parece com ele, é imagem distorcida.
É o dom Ruan dos sentidos, o Alain Delon do corpo e o Pedrinho Aguinaga das ilusões. Adepto do masoquismo, sua filosofia é o sofrimento alheio. É um parasita assassino, pois vive à custa do outro e ainda destrói quem o abriga.
Na verdade é um falso profeta porque prega uma realidade que não comunga. Diz que é paciente, bondoso e fiel, mas quando lhe convém. E de todas as características negativas atribuídas a ele, a pior é a de ladrão, pois rouba o direito de escolha.