Qual a nossa importância?

Qual a nossa importância?

Na verdade, somos apenas um mero figurante no palco da existência. Não somos nem protagonistas da própria vida, pois, o outro é quem escreve o seu roteiro. Ainda, assim, nos julgamos únicos e indispensáveis.

O mundo não sentirá nossa falta; o esquecimento é logo e já.

Nada ficará estanque com nossa ausência e tudo seguirá seu curso normal, depois da nossa partida. A importância que queremos ter, não durará segundos após o adeus.

Muitos querem registrar a vida em uma auto/biografia; recriação da própria vida; para serem exemplo ou vitorioso no fracasso que é viver. Fracassamos, sempre. Mas, isso não nos torna derrotados, pelo contrário, saber desse ato é levar o troféu da consciência humana. Existir é nada!

Alguns tolos e suas crendices chorarão e, ressentidos, erguerão pedras, pois não querem ser simples matéria e sem valor para a manutenção do cosmos. A insignificância é a coisa mais relevante que se tem. Tentar ser importante e inesquecível é fracassar e mostrar a languidez existencial que nos é inerente.

Aceitar o antagonismo é ter plena lucidez e saber que nada espera nem se cria nem se perde por nossa presença ou falta. Assim, segue o mundo, sem nós, para fazê-lo girar.

Ninguém é relevante; isso é fato!

Mario Paternostro