Onde fica o limite, aquela linha tênue que marca o suficiente, o ponto exato em que o sino toca, alertando que é melhor parar?
Sempre achamos que podemos fazer mais, nos ensinaram que para vencer, precisamos superar expectativas e passar por cima de tudo. Você concorda que para vencer é preciso ser forte, não importando quanto isto nos custe?
Quando lidamos com a dor crônica, temos níveis de dor que se alteram ao longo do dia, passando a falsa sensação de que estamos ótimos e prontos para fazer qualquer coisa. Ao embarcar nesta ilusão, animados e destemidos, nos empolgamos e cumprimos várias tarefas. É compreensível desejar colocar a vida em dia, há um mundo de pendências e problemas acumulados, e a melhora súbita é um grande incentivo. Talvez o bem estar dure algumas horas, um dia ou dois, mas a dor crônica, como o nome já diz, vai aparecer em algum momento. E ela vai chegar muito mais forte, porque nos esforçamos e provavelmente estamos cansados, estressados, ansiosos e até irritados com os sinais da dor. É neste momento que nos damos conta da dimensão do problema; assustados com a intensidade do desconforto, começamos a tomar todas as medicações possíveis, buscamos ajuda na emergência de algum hospital, mas na maioria das vezes nada funciona.
Esta rotina já fez parte da minha vida, me entristecia não conseguir produzir nada e estar sempre desanimada com os altos e baixos. Para alcançar algum equilíbrio, a luta diária envolve muita paciência e compreensão, não é assim tão fácil identificar os sinais. Quando estou empolgada em alguma atividade prazerosa, sou levada pelo otimismo e acabo perdendo o tempo; isto aconteceu semana passada e estou sentindo as consequências até hoje. Muito repouso, meditação, fisioterapia, mais repouso e paciência até tudo se normalizar, o que significa estabilizar a dor.
Não superei a dor, estou aprendendo formas de lidar com ela todos os dias, não superei o convívio porque ele se alterna a cada instante e preciso me adequar para seguir em frente. Acredito que conviver com a dor crônica é um exercício diário de superação. Superar minha capacidade de amar, de ser mais compassiva, de desenvolver mais empatia, generosidade e paciência. Enquanto isso, sigo praticando.
https://www.youtube.com/watch?v=pqBvAaAnIlo&t=89s
Sempre achamos que podemos fazer mais, nos ensinaram que para vencer, precisamos superar expectativas e passar por cima de tudo. Você concorda que para vencer é preciso ser forte, não importando quanto isto nos custe?
Quando lidamos com a dor crônica, temos níveis de dor que se alteram ao longo do dia, passando a falsa sensação de que estamos ótimos e prontos para fazer qualquer coisa. Ao embarcar nesta ilusão, animados e destemidos, nos empolgamos e cumprimos várias tarefas. É compreensível desejar colocar a vida em dia, há um mundo de pendências e problemas acumulados, e a melhora súbita é um grande incentivo. Talvez o bem estar dure algumas horas, um dia ou dois, mas a dor crônica, como o nome já diz, vai aparecer em algum momento. E ela vai chegar muito mais forte, porque nos esforçamos e provavelmente estamos cansados, estressados, ansiosos e até irritados com os sinais da dor. É neste momento que nos damos conta da dimensão do problema; assustados com a intensidade do desconforto, começamos a tomar todas as medicações possíveis, buscamos ajuda na emergência de algum hospital, mas na maioria das vezes nada funciona.
Esta rotina já fez parte da minha vida, me entristecia não conseguir produzir nada e estar sempre desanimada com os altos e baixos. Para alcançar algum equilíbrio, a luta diária envolve muita paciência e compreensão, não é assim tão fácil identificar os sinais. Quando estou empolgada em alguma atividade prazerosa, sou levada pelo otimismo e acabo perdendo o tempo; isto aconteceu semana passada e estou sentindo as consequências até hoje. Muito repouso, meditação, fisioterapia, mais repouso e paciência até tudo se normalizar, o que significa estabilizar a dor.
Não superei a dor, estou aprendendo formas de lidar com ela todos os dias, não superei o convívio porque ele se alterna a cada instante e preciso me adequar para seguir em frente. Acredito que conviver com a dor crônica é um exercício diário de superação. Superar minha capacidade de amar, de ser mais compassiva, de desenvolver mais empatia, generosidade e paciência. Enquanto isso, sigo praticando.
https://www.youtube.com/watch?v=pqBvAaAnIlo&t=89s