AGENDAS

As minhas estão dispersas em três volumes, sem qualquer ordem alfabética ou temporal. Um caos. Há inúmeros nomes que constam ali e não estão mais aqui entre nós. Quando é preciso localizar alguém, que sufoco. Sempre tive planos para atualizá-las: adquiri até livros em branco. Começo, e diante da enorme tarefa , desisto.

Quando na ativa no banco, não usava agenda. Tinha na memória as providências que tinha que tomar, diariamente. O problema é quando saía de férias. O meu substituto ficava louco, sem saber o que fazer.

Mas a agenda é importante.

O gerente da agência, num domingo, foi acidentado. Teve que ser internado. O carro ficou bastante avariado. Pediu-me para pegar a apólice do seguro que estava na gaveta da sua mesa de trabalho e fazer a comunicação à seguradora. Na capa constava aviso grifado de que no caso de atraso no pagamento da parcela mensal, o segurado perdia direito à qualquer indenização. Constatei que ele não tinha paga a parcela vencida há três dias. O compromisso não constava sequer na sua agenda. Que fazer? Sorte que naquele tempo não havia computador. Era tudo manual. Debitei o valor da parcela com a data do vencimento e refiz os balancetes dos três dias. Deu trabalho, mas tirei o colega de um grande problema.