DESABAFO CRÔNICO

Foi assim:

chegar a casa hoje, não foi igual a todos os dias. Venci mais um dia, mas amanhã é um outro dia e nele, é preciso viver, vencer e ser feliz.

Não. Não foi uma sensação corriqueira . Foi mais que isso. Foi mesmo um descarrego.

Por segundos, enquanto escalava os degraus da curta escada do meu prédio, foi possível retroceder no tempo e voltar a muitos lugares ao mesmo tempo. Todos os solilóquios me levavam a ruídos absurdos e meigos. Mas no meu coração, era uma grande festa silenciosa que acontecia. Ele estava em paz.

Ao chegar a minha porta, foi um único suspiro, daqueles que giram a fechadura e abre-se um novo espaço. Esse espaço era o meu lar, eu estava de volta.

Reverenciei minh'alma e ao Universo, respirei gratidão.

Nesse momento, tão bravo e pequeno, quase como um advento, ativei meus pensamentos e lágrimas puderam-me saltar. Dessas de emoção.

Sentia-me grande e tão feliz por dentro!

Já estava do outro lado da porta, que mesmo entreaberta, fazia-me questão de mostrar que eu havia chegado.

Surgiram todas as reações, deveras sofridas e vencidas.

Quanta emoção!

De dever cumprido, dias vividos, lições aprendidas, erros corrigidos, ambientes compartidos, abraços trocados, beijos dados e pecados perdoados.

NADA parecia estranho. Era só o reencontro. Da vida com a vida, mas não era um fim, nem em vão.

Apenas a continuação dando uma pausa, freando as idas e vindas.

Colocando tudo no seu lugar, lembrando-me de modo particular, que não se deve parar, no tempo.

Esse turbilhão de TUDO

Lembrava-me por fim,

que eu conseguira.

Estava feliz e de FÉRIAS.

É preciso descansar.

Márcia Seven
Enviado por Márcia Seven em 29/06/2018
Código do texto: T6377118
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