O CIRCO
O circo acabou e o palhaço foi embora.
As brincadeiras não mais foram lembradas, e as manhãs de tardes ensolarada despedia-se chorando por não ver mais as criançadas.
As crianças que outrora na plateia delirava, agora é um círculo vazio de luzes apagadas.
O trapezista de um trapézio a outro fazia altas acrobacias, e o palhaço contava enquanto as crianças sorriam.
Mas a dor era tão grande que o mundo desfalecia, enquanto o palhaço arrumava as suas trouxinhas.
Despedir desse palco iluminado, a cor azul de um grande arco, fogos de artifícios reluzentes, animais domados docemente, corta o coração de um palhaço que afinal é gente, que dança de tanta alegria para não ver as crianças sofridas; assim traz alegria que acabou um dia.
É cruel ver tudo acabado, os bichos do palco afastados, e a lona apodrecendo pelo tempo.
O que mais interessa é a certeza de ter um palco iluminado, que um dia também já foi palhaço.
Agora é uma triste lembrança de voltar a ser criança, de ver o “circo pegar fogo”, bandas, foliões tudo não se passou de brincadeira, passar a vida sorrindo e sorrir a vida chorando.