Islândia (crônica bônus)
Boa noite meus 23 fieis leitores e demais 36 que de quando em vez aparecem por aqui a fim de ler uma crônica escrita com sangue frio como gelo. Hoje falarei da seleção da Terra do Gelo em mais uma crônica bônus.
A Islândia hoje foi derrotada por 2x1 pela Croácia na Copa do Mundo da Rússia. Com um empate, duas derrotas, três gols marcados e seis sofridos, ficou em último no grupo, com um ponto. Ruim? Bom, o Egito, num grupo teoricamente mais fraco, com Salah no ataque, perdeu três. Para primeira Copa disputada pelo país, foi muito bom. Mostrou que existe vida esportiva aqui nessa extremo do mapa mundi.
Sentado em meu sofá, escrevendo essa crônica, vejo o globo iluminado que ganhai de presente ano passado. Do ângulo em que ele está o oceano Atlântico está escancarado para mim em sua plenitude. América do Sul à esquerda e África à direita. Apenas a parte Leste da América do Norte está visível, quase toda a Europa e quase nada da Ásia. Mas lá em cima, vejo a ponta daqui da Groenlândia, a ponta onde estão Nuuk e Charky City e, ao lado, pequenininha, a Islândia, territorialmente muito menor, embora com população bem superior.
Um país de 340 mil habitantes. A Groenlândia possui quase 60 mil. O Uruguay tem 3,5 milhões. O Brasil, 200 milhões. Os três estão na copa, mas a Islândia é infinitamente menor que todos. Então a visibilidade mundial e a participação honrada foram os títulos obtidos pela Islândia. Algo insignificante para quem é penta e sonha com hexa, mas coisa de dar inveja e orgulho para um groenlandês.
E, além de tudo, o "som do trovão" dos torcedores islandeses foi a maior novidade desde a "ola" mexicana em 1986 e as "vuvuzelas" africanas em 2010. Inté sexta, meu povo.