A EQUAÇÃO DA ALMA

Tudo o que vemos quando olhamos para o alto numa noite estrelada, e tudo o que nos rodeia aqui no planeta Terra, pode ser explicado pelas leis da física convencional. Quando falamos em leis da física logo nos vem à mente Albert Einstein e a relatividade.

A Teoria da Relatividade é o resultado final de muitas outras equações. Uma delas é a Teoria da Gravidade. A lendária “teoria da maçã”. Imaginem a cena. Era uma vez Isaac Newton descansando debaixo de um pé de maçã. De repente, uma maçã cai e atinge a sua cabeça. Newton pode ter pensado “doeu”, mas também se perguntou: Por que coisas como as maças caem? Os gênios perguntam. Os crentes apenas creem.

Só que a física convencional nunca foi capaz de explicar as coisas que não vemos, e que também nos rodeiam. Não apenas rodeiam. As estrelas e todos nós somos formados por elas. O Universo invisível das partículas subatômicas. A ciranda dos átomos, moléculas, elétrons prótons e fótons que a física quântica dança.

A quântica conseguiu explicar muitos mistérios do Universo que a física convencional jamais conseguiria. Hoje sabemos, por exemplo, que 90% do material para fabricar novas estrelas já foi usado. Daqui muitos bilhões de anos o Universo será uma noite eterna. A quântica explica tanto o “e fez-se a luz”, quanto o far-se-á escuridão.

Devagar a quântica tem mostrado que explicar o Universo e nosso corpo é muito pouco. Ela pode e quer ir além naquilo que ainda desconhecemos. Talvez, a primeira ousadia pertence ao físico teórico Fritjof Capra. Com o seu “O Tao da Física”, Capra discute e conecta a quântica com o misticismo oriental do Zen e do I Ching.

Agora a quântica quer navegar outro mar tão desconhecido e fascinante quando o Universo. Estamos falando do nosso cérebro. O físico Michio Kaku escreveu a livro “A Física da Mente”. Nele Michio narra os avanços para desvendar os segredos que carregamos dentro das nossas cabeças, que me permitiu escrever esta crônica.

Existem também outros ousados como Fritjof Capra. Não sei até que ponto suas obras merecem credibilidade, mas parodiando “Jornada nas Estrelas”, eles pretendem levar a quântica até a fronteira final. Indo onde ninguém jamais esteve.

Eles dizem que a quântica provará a existência da alma, e para o alento dum ramo religioso e desalento de outro, também a reencarnação. Essas ousadias são explicadas no livro “A Física da Alma” de Amit Groswami. A quântica se conectando com a crença.

Um dia, a quântica poderá dizer o que acontece no nosso cérebro quando estamos alegres, com raiva, fazendo amor e o que fazer para esses momentos serem duradouros ou não. A mesma quântica explicará a alma e a morte numa equação. Não devemos duvidar nem crer. Apenas continuar perguntando.