DIAS ASSIM, DIAS DE PAZ (Phellipe Marques)
Tomado pelas notas do êxtase.
Dias estranhos e necessários.
Surpresas e reencontros com o eu superior que habita o meu coração.
Dias assim.
Dias de paz.
Notas que me invadem e tomam de assalto a superficialidade da rotina.
Nasce então um novo amanhecer.
Brilha a luz dos versos inacabados.
Brota a gota que será oceano, a pobreza que será violino e o cerrar de olhos que será eternidade.
Aqui sou liberto das mazelas que o mundo impõe.
Aqui viajo em mais de mil direções.
Tuas falas e movimentos são cores diante de mim.
Teu silêncio; um grito que aflora a minha expressão.
Tua vida; a arte que me eleva ao divino.
Traço em telas de acrílico que reverenciam a entrega, mais belo ensinamento que você me deixou.
Poucos conhecem a essência do amor.
Poucos se arriscam a desbravar a terra pura da infinitude.
Veêm falas! Veêm movimentos.
Esquecem as cores! Desprezam os sinais!
Não vivem o invisível, o som inaudível do universo em mutação.
Pureza.
Poética.
Sinais.
Cores nos movimentos e notas de eternidade.