NASCER IGNORANTE...EDUCAR-SE...

"Os homens nascem ignorantes, não estúpidos. Para torná-los estúpidos são necessários anos e anos de educação". Bertrand Russel.

A contraditória Clarice Lispector, é grandiosa, sic: ““Eu nem entendo mais aquilo que entendo. Pois estou infinitamente maior que eu mesma, assim não me alcanço.” E conclui, atiladamente: “Não se preocupe em entender. Viver ultrapassa qualquer entendimento.”

Os extremos se tocam? Onde está a maior realidade?

Anos e anos que ultrapassam qualquer entendimento, de tudo, por viver, ou acabamos “estúpidos” por força da educação.

Parece que a humanidade é “estúpida”, coisas simples como comer não foram resolvidas, milhares e milhares morrem de fome. É simples se constatar. Os primevos não morriam de fome. Caçavam, pescavam. Alimentavam-se de frutas silvestres.

Na Somália, de um terço a morrer de fome, se caminha com desenvoltura para chegar à metade da população.

E nada tem êxito para resolver o problema do homem de viver distante das necessidades primárias e saciá-las, todas, emocionais e materiais.

Definitivamente não foram resolvidas.

E Bertrand Russel perguntou faz tempo: quem criou Deus? Pode-se responder, Deus, um indispensável e necessário Primeiro-Movimento.

Certa feita, Buda, em suas incursões a buscar a verdade, o “Darma”, foi interpelado por um ouvinte, sentindo estar diante de um homem diferente do comum, perguntando-lhe: Você é um Deus? Buda silenciou. É um demônio? Continuou em silêncio. É um homem? E o Buda respondeu: Não.

Quem é você, então? E o Buda respondeu: Eu estou acordado.

Isto significa um “novo estado de consciência”.

É preciso estar acordado......

Quem está acordado? Infelizmente um observador mais interessado pode responder que poucas pessoas.

Não se percebe o “onde estamos?” e o “que fazemos com nossas vidas?”.

Toda a natureza, emocional, material, sensorial, está espancada e invertida. Basta olhar para o lado, nas ruas, carrinhos de bebês com cachorrinhos. Nada contra os cães. Já tive muitos.

Professores não ensinam, apanham em salas de aulas.

Gestores não concedem direitos, antes os retiram.

Em nome do amor a natureza cedeu. Em nome de um outro Deus a violência se estabeleceu. Mata-se em nome de Deus. Gera-se filho com pai desconhecido e mãe emprestada.

Um mundo novo. Melhor? O futuro dirá.

Bertrand Russel tinha razão.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 24/06/2018
Código do texto: T6372975
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