Saindo à francesa
Saindo à francesa
Não tenho paciência para jantares! Nego todos os convites e, quando aceito, não vou. Eu prefiro a minha mesa vazia de pessoas, contudo, farta de um silêncio produtivo
No convite vem sempre implícito ser passivo e aceitar qualquer alimento (conversas e pratos). Não tenho mais pacatez com assuntos que começam pelo clima e terminam na extremidade discursiva.
O anfitrião apresenta sempre o cardápio (assunto), muitas vezes, o que ele pensa que sabe temperar com seus parcos conhecimentos. Conceitua, rotula e encerra com a intolerância inerente. Depois oferece o amargo da sobremesa; o ranço-reacionário.
Ao término deve-se agradecer e elogiar a comida (não tenho mais estômago para isso) e retribuir o convite. A festa da acefalia jamais termina.
Estou saindo à francesa das rodas sociais!
Mário Paternostro