Aos mestres da hodiernidade

Aos mestres da hodiernidade

A vontade, da maioria, é ter sequazes, haja vista, os ensinamentos, conselhos e lições nas redes sociais. Todos querem ser guru, mestres e, a partir de seus rasteiros conhecimentos, buscam reconstruir a humanidade.

As lições são passadas em cada publicação, onde “professores de posts” propõem receitas para se viver ou fazer da vida melhor. Não há mais aprendizes, apenas, doutos da sabedoria. Ninguém tem o que aprender nessa sociedade senso comum. Os intelectuais de fragmentos e citações compradas sem as devidas leituras, constroem o modelo atual. È mestre ensinando para mestre. A auto ajuda passou a ser o placebo da hodiernidade, no qual, o remédio é dado em doses homeopáticas por todos e todos são semideuses. “Onde há gente, Pessoa...?”

A pós-modernidade formou, sem certificado, os doutores de agora. Cada qual tem um modelo para apresentar de felicidade; todos têm soluções simples para equações complexas e todos são vítimas da anemia intelectual que permeia o hoje.

Não há mais dúvidas, apenas certezas. Todos descobriram o “código oculto da natureza” e decifraram os enigmas da existência; o mundo não tem aprendizes.

Pobre vida é essa na qual não há mais alunos, somente mestres!

Mário Paternostro