A janela
Olho pela estreita janela de vidro
Por ela passam carros, motos, bicicletas, moscas e borboletas.
Os carros, mal consigo vê-los, seguem um ritmo que não mais quero acompanhar.
As bicicletas, tem uma liberdade que não sei se já experimentei.
As moscas cabem em qualquer lugar, diferentes de mim.
Já as borboletas, possuem todas as cores da palheta do mais renomado pintor,
Leves como o suspiro de um casal apaixonado
Doce e sutil como um belo amanhecer primaveril
Minha ambição é ser uma delas, poder voar, pousar no néctar de cada flor, sentir os aromas da natureza bem de perto, de viver para isso, de viver em estado natural do outro lado da janela.