Foi Euclides que em sua geometria concebeu a ideia de que duas retas distintas dentro do mesmo plano que são paralelas e que não têm ponto em comum.
Essas retas formam ângulos alternados que são iguais. De forma que um ângulo exterior é igual a um ângulo interior oposto. Nós somos como retas em paralelo, convivemos com os paradoxos complementares.
É verdade que somos diversos e diferenciados... e aparentemente não há ponto em comum. Por vezes, outra cultura, outra etnia e outra biografia ..., mas, no fundo, no mais abissal plano da humanidade, temos sentimentos iguais, dores parecidas e, até personalidades similares.
Por vezes, a dor se transforma em poesia. Noutra ocasião, em heresia. Nossas crenças e nossos scripts sociais encaixam-se plenamente na dinâmica do cosmos. Nossa existência é menor que a poeira cósmica e bem mais lenta que um ano-luz.
Em universos paralelos amamos, rejeitamos, odiamos, frustramo-nos... e, sofremos e, tudo isso é uma forma de aprendizagem... É a complementação do ângulo interno com o ângulo externo.
Paradoxalmente um defeito nosso pode encaixar-se plenamente com uma qualidade do outro...
E, nos espelhamo-nos e refletimo-nos continuamente, até que a morte seca todas as reticências e nos remete ao infinito.
O infundado medo do infinito nutrido por filósofos e matemáticos gregos, o que mais tarde, foi apaziguado pois afinal o infinito é uma abstração que nos permite mensurar limites e obter resultados analíticos em matemática.
Enfim, temos todos um encontro marcado.