O Encanto da Sétima Arte

ESTA CRONICA FOI PUBLICADA EM 27 DE JUNHO DE 1998, NO EXTINTO JORNAL DIARIO DA TARDE.

Uma das artes que me fascina é o cinema. Quando pela primeira vez entrei em um cinema “poeira” lá na minha longínqua terrinha, estabeleci o que seria meu lazer. Ainda muito jovem, larguei outras modalidades de diversão e embrenhei-me nos assuntos em relação a arte de representar, principalmente o cinema, minha primeira empolgação. Até passou pela minha cabeça o desejo de ser ator, mas isso era impossível para um semi analfabeto e pobre.

A máxima na definição da arte: é tudo aquilo que agrada os sentidos, então meus olhos brilhavam nas telas dos cinemas Brasil afora . Sem ser ufanista em relação a sétima arte, pois arte não tem fronteiras, mas tenho uma grande predileção pelo o cinema brasileiro. Assisti quase todas chanchadas da Atlântida. A saga dos cangaceiros, não perdia nenhum. Por ter nascido e criado na roça, vibrava com os filmes de Mazzaropi. O cinema novo de Glauber Rocha me fez refletir politicamente. Alguns filmes ficaram gravados na memória,tal o conteúdo do enredo. De outra leva, O Pagador de Promessa, num show de interpretação de Leonardo Vilar, Glória Meneses e Gerado Del Rei. Lamarca, na pele de Paulo Beti. A Guerra de Canudos com José Wilker e tantos outros, inclusive estrangeiros

No momento surge uma safra reluzente; O Menino Maluquinho, voltei a minha infância em São João do Oriente. Que é Isso Companheiro, mostrando uma fase torturante do Brasil.. Vi Quatrilho, Carlota Joaquina, Policarpo Quaresma. Central do Brasil, um dos melhores filmes nacional. Até recordo uma fase da minha vida, como escrevedor de cartas, em uma comunidade rural, não como um trabalho informal, mas para ajudar pessoas a se comunicarem. Confesso que de vez em quando pintava um franguinho.

Já faz um tempinho, um filme brasileiro me empolgou demais; Tapete Vermelho.

Há uma constatação de que, os brasileiros leem pouco. Eu li demais! Nos filmes legendados.

Lair Estanislau Alves.