ESCREVER EM ORDEM. INTERLOCUÇÃO.

Recebo interessante comunicação esta manhã que respondi.

“Creio que ao escrever, empreendemos uma viagem para dentro de nós mesmos, dando-nos a possibilidade de entender que a felicidade está no bom uso que fazemos daquilo que temos e que a real importância de escrever é conseguir tocar o coração das pessoas.” Assim recebi o contato de estimada interlocutora.

Esse é meu propósito quando aqui escrevo, além de pretender dentro de meus recursos passar alguma coisa que adquiri em minha vida de caminhadas para quem possa compreender e principalmente se interesse.

O interesse é a grande mola das trocas e armazenamento de conhecimento empírico em acervo. Não é a todos que interessa assuntos de mais profundidade, mesmo porque há balizas para apreensão. Alguns alunos em sala de aula detestam muitas matérias, é razoável, há gosto para tudo.

Lacan, notável mestre da psicanálise, passou aos seus discípulos, o que consta de manifestação minha em espaço diverso e se adapta a escrever na internet o que abordei e recebeu a consideração que abre esse texto.

A mitomania está visível em muitas possibilidades narradas em internet incompatíveis com personagens e locais onde nunca estariam, ou como núcleo da externação, mentira da qual muitos se fazem prisioneiros, reféns, este um dos alvos que nada tocam o sentimento de quem quer que seja em nada.

Meu texto lido por essa senhora , facílimo de qualquer pessoa de grau mínimo entender, ganhou, e bem, a outra face da moeda do gênero humano em texto que explana e mostra o lado bom de percorrer a vida.

Muito boa a cerebração, viagem interior de que todos necessitam e não a iniciam, principalmente “quem possa escrever para ter reconhecimento”, necessidade de muitos que nunca viveram de sua escrita que ordena e dela ganharam o pão e tudo mais chegado em sua vivência. E tal se impõe em muitas atividades como a de professorado dessa senhora. E se entende também pela parte lúdica com a chegada da internet. É o extravasamento para o mundo.

Mas é impositivo se escrever com um mínimo de clareza na grafia usada sem o que nada se entende, comendo letras, palavras, perdendo o sentido do pensamento.

É preciso fazer revisão nos textos lançados para que se faça alcançar o conteúdo do texto que se espera finalizar. Fica sem sentido inexistindo essa preocupação. Não se pede conhecimento da língua etc, mas forma capaz de não levar ao enigma.

É impositivo também lembrar o lado bom não só de escrever por distração, como na internet, só discordei em contraditório saudável, com o contato recebido segundo o qual “Ao escrevermos, colocamos nossas ideias em ordem, vemos com mais clareza determinadas situações,...”.

Se escrevemos para colocar ideias “em ordem”, deve ser processo intimista, pois quem comunica através da profissão ou em qualquer matéria ou espaço, mesmo e mais na internet, altamente difusa, só deve escrever quando as ideias estão ordenadas, sem tal sinalização, desordenadas, passa-se da singela didática construtiva para a didática do erro e ingressamos, em lógica, na inversão do processo de entendimento. Não falo de compreensão, outro estágio.

Mas, concordo que escrever, principalmente na internet, “È também uma forma de chegar aos mais diferentes tipos de pessoas, permitindo que possamos nos identificar, independente de posição social, credo, raça, idade ou sexo.”,conforme declinado, e por isso as ideias expostas devem estar ordenadas antes. Mas é imperativo exercer o rito da correção, sem o que fica um aleijão que exige esforço para “advinhar” o que se escreveu.

Sobre ordem nada conheço melhor do que a equação confuciana que transcrevo, reconhecido e muito pela lembrança da colega internauta que o ato de escrever tem também seu lado bom, o que é verdade irrespondível diante do pensamento do homem em seu processo histórico.

“Os antigos que desejavam dar exemplo da virtude ilustre em seu reino, começaram por bem ordenar seus próprios Estados. Desejando ordenar bem seus Estados ordenaram primeiro suas famílias. Desejando ordenar suas famílias, cultivaram antes suas pessoas. Desejando cultivar suas pessoas, corrigiram seus corações. Desejando corrigir seus corações, primeiro trataram de ser sinceros em seus pensamentos. Desejando ser sinceros em seus pensamentos, primeiro ampliaram ao máximo o seu conhecimento. Sendo completo seu conhecimento, seus pensamentos foram sinceros. Sinceros que foram seus pensamentos, seus corações corrigiram-se. Corrigidos seus corações, suas pessoas foram cultivadas. Cultivadas que foram suas pessoas, ordenaram-se-lhes as famílias. Ordenadas suas famílias, foram justamente ordenados seus Estados.” Confúcio.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 18/06/2018
Reeditado em 18/06/2018
Código do texto: T6367232
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