Minha versão da história
Era uma vez, um país tão atrasado, cujo reinado é passado de um malvado para outro, que acordou o dragão da era do favor. Diz a lenda que, todo governo tem seu próprio dragão, mas esse é único.
Alguns vilarejos são protegidos, outros vendidos e muitos desconhecidos. Mas como toda estória tem personagens peculiares, a minha não seria diferente.
Tem o rei usurpador, o cavaleiro anti-herói, o dragão imortal, a vila da ignorância, armas de efeito amoral, a princesa descartada, a fada madrinha do sexo, o sapatinho do poder, a varinha do legislativo, o cavalo sem cor e um povo perdido.
Há 1.500 anos, um paraíso remoto e habitado foi invadido e colonizado pelo rei estrangeiro que, seduziu o povo nativo com porcaria, roubou sua inocência, matou muitos guerreiros, catequizou o que sobrou, suas riquezas levou e aqui, aprisionou o dragão da corrupção.
Trouxe a fada madrinha com seu apetite voraz, distintos cavalheiros como animais e a crueldade pulverizou. Foram anos de horror, perseguição, carnificina e dor.
Mas teve um anti-herói que gritou e como num passo de mágica a forma de governo mudou. O sistema tem um presidente e quem escolhe é a gente, graças (não sei se é para rir da piada) a democracia.
Nossa arma agora é a Constituição Federal, em muitos casos não tem aplicabilidade, cheia de ranhuras, mas está lá o direito universal. O povo cheio de bandeiras, com ideologia fragmentada, não existe direita ou esquerda, só contra ou a favor.
O ativismo é por ação isolada, a coletividade ultrapassada, opinões cerradas e quem pensar diferente é açoitado pelo amargor. Tudo sempre existiu, nada mudou! Entretanto, se me convém, que mal tem?
E todos são felizes do seu jeito...