ANOS SOMBRIOS
Numa sexta-feira, à noite, no Café República, Kiara reencontrou antigos colegas do ginasial. Conversa vem, conversa vai, falou:
– Na adolescência, enfrentamos anos sombrios por liderarmos entidades estudantis. Nossa liberdade era controlada, isto é, vigiada e podada. Um dos colegas, da noite para o dia, desapareceu. As buscas foram inúteis.
Alguém sugeriu uma homenagem a Victor. Cada um do grupo usou uma forma diferente de dizer “eu te amo” ao resgatar momentos especiais compartilhado com o ex-colega.
Ao despedirem-se à frente do Café, de mãos dadas, repetiram a frase que usavam, naqueles anos sombrios, ao separarem-se:
“– Sempre há tempo para sonhar!”