O BRASILEIRO COM O CORAÇÃO NA BOCA A PARTIR DE AGORA.

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Sexta-feira, 15 de Junho de 2018

E a Copa do Mundo de 2018 começou lá na Rússia. Mas aqui no Brasil a impressão que se tem é que grande parte da população anda um tanto quanto ressabiada, seja lá o queira isso dizer, mas todos o bem sabem. E dessa forma, não se está vendo aquela algazarra de outras copas, com ruas coloridas e pessoas animadas.

Óbvio é que a goleada sofrida pela seleção brasileira na Copa do Mundo de 2014, realizada aqui mesmo em nosso país, que teve a Alemanha goleando a nossa seção por 7 x 0, foi o que costumamos dizer de "água no chope". Acabando com todas as esperanças de antes.

E assim, mesmo que aparentemente o Brasil tenha montado uma seleção teoricamente melhor do que a daquela outra copa, as desconfianças sejam muitas. E, de certa forma, até demasiadas. E isso é que faz com que a animação seja e esteja devidamente contida no país.

De outro modo, pode-se até pensar que de lá para cá a conscientização popular tomou um certo rumo, fazendo com que as pessoas começassem a se preocupar com outras coisas, outros valores. Afinal, a vida dos brasileiros não anda nada fácil. No âmbito político, com a ascensão do Partido dos Trabalhadores, PT, ao poder maior, tivemos dissabores enormes, que envolveram corrupção, roubalheira e otras cositas mas, como diriam nossos hermanos argentinos.

Então, dos males o menor. As pessoas já estão se voltando para outras coisas e lados, deixando o futebol num plano mais abaixo, haja vista que existem muitas outras possibilidades de distração e diversão. E só em ver os salários e o tratamento que um jogador de futebol nos dias de hoje recebe, é de cair o queixo. Coisa que nenhum trabalhador brasileiro conseguirá alcançar em muitos anos de trabalho e labuta.

Também é sabido que a frequência de torcedores nos estádios espalhados pelo país, caiu de forma acentuada. E por diversos motivos. O nível salarial da massa não permite tanta folga, a ponto de poder assistir a várias partidas num só mês; os preços dos ingressos estão caros, depois da Copa do Mundo de 2014, os estádios foram transformados em arenas, com um apuro na organização próxima dos estádios do primeiro mundo.

Porém, quiséramos que tudo nesse país alcançasse tal performance. Principalmente nos serviços públicos aos quais estamos submetidos. Quase todos abaixo da crítica. Hospitais, escolas, transportes públicos e segurança deixam a desejar por demais.

Enfim, que a Copa do Mundo na Rússia se desenvolva dentro de toda segurança e normalidade, e que vença a melhor seleção.

Aloisio Rocha de Almeida
Enviado por Aloisio Rocha de Almeida em 16/06/2018
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