Sob a perfeita luz

Dúvidas ou contradições levam-nos a refletir: ser ou não ser, eis a questão, a dúvida que põe em cheque a coerência e autenticidade. Se eu sei o que sou, então sei o que não sou, ou não posso vir a ser: - Então, o que sou? Se eu não tenho a certeza, como poderei saber? Nem mesmo sei o que eu sou! Criatura? Indivíduo? Pessoa? Espécime? Uma coisa? Um Ser? Ou um não Ser? Você com sua lógica não poderia dizer quem eu sou, pois minha lógica não é a sua, também não sei quem você é. O fato de você dizer ser isso ou aquilo não quer dizer que seja, talvez gostaria de ser. Talvez porque é dúvida, dúvida unânime: minha e sua. Se te digo uma coisa boa, é porque acredito que seja, você escuta e não acha bom, então a coisa é ou não boa? Nas relações entre pais e filhos, marido e mulher, empregados e patrão, amigos ou outra qualquer é necessária uma referência, isto é, um parâmetro, uma luz que ilumina e permite forma, dimensão, profundidade e VALOR de objetos, sentimentos ou palavras, acontecimentos.

Por exemplo, com uma ILUMINAÇÃO POBRE, um determinado objeto amarelo pode ser visto como sendo amarelado, alaranjado ou avermelhado, entretanto, sob luz perfeita, o objeto é reconhecidamente amarelo. Qual a referência confiável que posso adotar para que tudo fique límpido e transparente em minhas relações? Eu não conheço a sua referência, a minha é a palavra de Deus (Hebreus 4,12).

SOB ESSA LUZ reconheço minhas limitações, minhas escolhas ruins e todas as consequências. Tenho a possibilidade de aperfeiçoar-me e contribuir positivamente para o contexto em que participo. Há coerência em avaliar as repercussões das escolhas, isso pode evitar grandes transtornos. Apesar de possuirmos uma mesma origem, contamos com numerosas correntes de pensamentos, filosofias e ideologias humanas antigas e modernas, confrontando e contrapondo aos ensinamentos divinos, confundindo, arrastando e dividindo o que chamamos “sociedade” (termo meio confuso). Por causa dessa divisão foram estabelecidos grupos ou comunidades. Exatamente como previsto naquele tempo por Jesus Cristo: “Quem não é comigo é contra mim; e quem comigo não ajunta, espalha” (Lc 11:23). No gênesis, Deus Disse: “Ajuntem-se as águas debaixo dos céus num lugar; e apareça a porção seca; e assim foi” (Gn 1:9). Hoje, voltamos a viver como pequenas ilhas num enorme oceano de possibilidades.

James Assaf
Enviado por James Assaf em 15/06/2018
Reeditado em 18/06/2018
Código do texto: T6365314
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