DIA DOS NAMORADOS
Prof. Antônio de Oliveira
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AMOR À PRIMEIRA VISTA
Diante d’Aquela Estrela, de Vander Lee: “Aquele jeito com que você me olhou varreu meu pensamento. Todas as coisas saíram do chão, e eu me esqueci de tudo. E antes que eu me desse conta já era seu meu querer. Foi como o sol que desponta uma montanha dourada na terra do faz de conta, pra me banhar de prazer”. Cora Coralina avisa: “Coração é terra que ninguém vê”. Há quem não creia em paixão súbita e irresistível, mas que ela existe, existe!
Wander Lee, de novo: “Românticos são poucos. Românticos são loucos desvairados. [...] Românticos são lindos, românticos são limpos e pirados, que choram com baladas, que amam sem vergonha e sem juízo”. Uma espécie em extinção. Poucos. Loucos. O romântico vive contente, “não pedindo mais que continuar o seu idílio com aquela que lhe fixara a ventura”, garante Tristão da Cunha. Uma lenda medieval, de origem céltica, serviu de inspiração para a ópera do compositor alemão Richard Wagner, Tristão e Isolda, uma peça de aventura e de amor intenso e proibido.
Flávio Venturini canta Todo Azul do Mar: “Foi assim como ver o mar a primeira vez que meus olhos se viram no seu olhar. Não tive a intenção de me apaixonar. Mera distração e já era momento de se gostar. Quando eu dei por mim, nem tentei fugir do visgo que me prendeu dentro do seu olhar. Quando eu mergulhei no azul do mar sabia que era amor e vinha pra ficar; quando eu mergulhei fundo nesse olhar, fui dono”... eu que não sabia amar: “ero un uomo che no sapeva amare”. Daí por diante, Geraldo Azevedo: “Se você vier pro que der e vier comigo, eu lhe prometo o sol... se hoje o sol sair ou a chuva... se a chuva cair, se você vier até onde a gente chegar, numa praça, na beira do mar, um pedaço de qualquer lugar, e neste dia branco se branco ele for”.
O coração tem razões que a própria razão desconhece, afirmou Blaise Pascal. Sentir não é certo nem errado. Errado é não ser feliz e não fazer o outro feliz.