A ARTE DE VIVER.

Eu sempre procurei e procuro manter o meu pensamento e a minha história, restrita à minha própria proposta. Eu sei que não existe algum modo de voltar o tempo, e desfazer tudo aquilo que fizemos de errado, como uma resposta às pessoas, além de coisas e fatos. Esse desregramento é claro que no nosso ponto de vista, por egoísmo, insensibilidade ou negligencia, ou ainda, de pelo menos fazer de uma maneira diferente do que fizemos, mas como disse o poeta “O Tempo Não Para” e muito menos ele retroage.

Relacionamento quer seja romântico, ou apenas relativo a amizades, são interações que exige que se abra mão de bocados, ou até mesmo de pedaços de nós mesmos. Nestes momentos, quase sempre guardamos pequenos espaços de irresponsabilidades, incompreensões, comportamentos não condizentes, imaturidade, egoísmo etc., ou seja, co-criações de experiências em todos os cenários que percorremos.

Penso que devemos agir de modo “Natural” e que seja “Normal” essa nossa ação. Esquecemos que ser “Normal” é apenas uma palavra que expressa à denominação do que é usual. E ser “Natural” é a designação da natureza básica de uma coisa. Assim, correto seria ter Amor a todos, indistintamente, mas, não é normal que se aja assim.

Quase que a totalidade das pessoas vive uma natureza cooptada, tentamos impor regras, ideias, e escolhas a outra pessoa de nossa convivência, recusamos nos relacionar com pessoas que façam escolhas diferentes, pelas quais não faríamos. Dificilmente nos fazemos presentes em todos os momentos, não somos plenamente conscientes, receptivos, honestos, transparentes, e sem intenções ocultas, motivos ocultos ou outras coisas quaisquer, também ocultas.

Esta seria a nossa postura natural. Agindo assim, consideramos a vida uma luta, cheia de dificuldades, e o pior de tudo, é que as repetimos todos os dias. É certo que deveríamos deixar de nos encobrir com os aforismos dessa nossa era.

Quando nos conflitamos com qualquer coisa, fato, ou pessoas que nos apareçam ou aconteçam, significa que não a rejeitamos, não a retardamos e nem nos afastamos delas, mas sim, abraçamos, acolhemos, aceitamos como se fosse nossa propriedade, pois entendemos que ela realmente é a nossa criação.

Não podemos mudar a aparência exterior e muito menos a sua manifestação, pois só a interior pode e deve ser mudada, por uma mera decisão nossa. É preciso moldar o nosso mundo interior como gostaríamos que ele fosse, e não devemos nos preocupar com a “aparência” exterior – que me perdoe e me compreendam as mulheres – e sim com a “experiência” interior, pois esta é a arte de viver.

Aceitar uma pessoa, coisa ou fato, como nos é apresentado, não significa que estamos nos recusando a mudá-la, e sim que estamos querendo que ela seja mudada e por isso a acolhemos – não se muda aquilo que não aceitamos – principalmente o que esta dentro de nós mesmo. Não repita todos os comportamentos, atos e pensamentos, que o levaram a ser companhia da tristeza, do sofrimento e da derrota.